Leilão de petróleo

Doze empresas deram garantias para o 5º Ciclo da Oferta Permanente, diz ANP

Leilão de 16 blocos em 5 bacias ocorre na terça (17), mas enfrenta ação judicial de entidades que alegam riscos ambientais e violação de direitos de comunidades tradicionais

Vista aérea da plataforma FPSO Ana Nery, em oceano azul, para a exploração offshore de petróleo e gás (Foto Agência Petrobras)
Vista aérea da plataforma FPSO Ana Nery para a exploração offshore de petróleo e gás (Foto Agência Petrobras)

Doze empresas manifestaram interesse e garantias de oferta para áreas do 5º Ciclo de Oferta Permanente sob o regime de Concessão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que vai ofertar 16 setores com blocos exploratórios, localizados em cinco bacias sedimentares, sendo Parecis em terra e os demais — Foz do Amazonas, Potiguar, Santos e Pelotas —, marítimos.

Além das empresas que manifestaram interesse, 31 companhias estão inscritas e aptas a apresentar ofertas no certame, marcadas para próxima terça-feira (17/6) em um hotel na zona oeste do Rio de Janeiro.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) aderiram esta semana com ação popular contra a venda de 47 blocos petrolíferos localizados na região da bacia da Foz do Amazonas.

A ação popular destaca que, além de prejudicar o interesse público, a soberania energética e o patrimônio nacional, o leilão está sendo convocado sem as mínimas garantias ambientais, nem consulta às comunidades tradicionais, o que viola a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Afirma ainda que a licitação desrespeita pareceres técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(Ibama) e recomendações do Ministério Público Federal.

Em 2013, a ANP, sob a direção-geral da atual presidente da Petrobras, Magda Chambriard, licitou na 11ª Rodada, sob o regime de concessão, blocos na bacia da Foz do Amazonas, como o FZA-M-59 que a estatal tenta explorar.

Na época, a agência acenava com reservas de 30 bilhões de barris de petróleo em toda a Margem Equatorial brasileira, composta por cinco bacias.

Depois de ter a licença negada pelo Ibama em 2023, o estatal aguarda a permissão para explorar a região, que vai confirmar ou não a existência de hidrocarbonetos, seja concedida pelo órgão ambiental após uma Avaliação Pré-Operacional (APO), prevista para as próximas semanas.

A sonda que fará a exploração está viajando para o Norte do País desde o último dia 7 de junho, a previsão é que chegue ainda este mês à locação.

Por Denise Luna

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