A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) assina na próxima sexta (14) os contratos de concessão de 45 novos blocos exploratórios para petróleo e gás no país, sendo 15 áreas marítimas e 30 terrestres. São áreas arrematadas na 16ª rodada e no primeiro ciclo da oferta permanente, realizados em 2019.
Serão contratados 15 novos projetos offshore nas bacias de Campos, Santos e Sergipe-Alagoas. A ExxonMobil é a empresa que assinará o maior número de contratos para áreas offshore – três projetos em parceria com a Enauta e a Murphy Oil em Sergipe-Alagoas e um projeto 100% da ExxonMobil na Bacia de Campos.
Shell, Repsol Sinopec e Petronas assinam, cada uma, dois contratos de concessão para operação de duas áreas nas Bacia de Campos. Os contratos marcam a entrada da Petronas em projetos exploratórias no país.
Recentemente, a empresa fechou com a Petrobras a aquisição de 50% do campo de Tartaruga Verde e do módulo 3 do campo de Espadarte, ambos na Bacia de Campos. A operação foi avaliada em US$ 1,29 bilhão e marcou a entrada da Petronas no mercado de produção de petróleo no Brasil.
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A Chevron também assinará contrato para a operação de duas áreas offshore, sendo uma na Bacia de Campos e outra na Bacia de Santos. A Chevron iniciou no ano passado o licenciamento de um poço exploratório para a área do bloco S-M-764, no pré-sal da Bacia de Santos. A empresa indicou ao Ibama que, em função do resultado do primeiro poço, pode perfurar um segundo poço na área, arrematada na 15ª rodada da ANP, realizada no passado.
O bloco S-M-764 está a uma distância de 270 km da costa do estado do Rio de Janeiro e lâmina d’água de 2.750m de profundidade. A Chevron pretende utilizar o Porto do Açu para a realização da campanha de perfuração.
Total, Petrobras e BP assinam com a ANP contratos de concessão para outras três áreas exploratórias offshore. A Upstream mostrou na segunda (10) que a francesa Total já está vendendo uma fatia minoritária de 10% de sua participação no projeto, onde tem como sócias Petronas e QPI.
Serão contratados ainda 30 blocos exploratórios em terra nas bacias do Parnaíba, Recôncavo e Potiguar, todos arrematados no primeiro ciclo da oferta permanente, que é o único leilão da ANP que agora oferta áreas terrestres.
Operadora consolidada com o modelo gas-to-wire no Maranhão, a Eneva arrematou sozinha seis novos contratos de concessão na Bacia do Parnaíba que serão assinados na próxima sexta (14). O programa ofertado na concorrência prevê seis novos poços exploratórios nas áreas.
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A maior parte do blocos exploratório arrematados na oferta permanente está na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, onde a Petro-Victory levou a concessão de 15 áreas. A empresa canadense vem apostando no onshore brasileiro e adquiriu em novembro do ano passado a participação da Petrobras nos campos terrestres de Lagoa Parda, Lagoa Parda Norte e Lagoa Piabanha, operados pela Imetame na Bacia do Espírito Santo.
As duas empresas pretendem aumentar a produção de petróleo e gás natural dos campos para 580 barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) no primeiro ano de produção com a reativação de 29 poços. Enxergam oportunidades exploratórias em Lagoa Parda, a partir dos dados da Petrobras e dados sísmicos contratados.
Por falar em Imetame, a empresa também estará entre as que assinarão contrato de concessão para operação de bloco terrestre na Bacia Potiguar na sexta. Completa a lista a Phoenix, com a operação de dois novos blocos.
Por fim, serão contratados cinco novos blocos exploratórios na Bacia do Recôncavo, sendo três operados pela Geopark e dois pela Petroil.
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