Margem Equatorial

Ibama marca discussão de planos de simulação na Foz do Amazonas para agosto

Processo de licenciamento ambiental está na última fase; simulação vai avaliar resposta offshore e execução do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna

Sonda ODN-II (NS-42) que foi desmobilizada da Foz do Amazonas no fim de junho de 2023 (Foto Divulgação Ocyan)
Sonda ODN-II (NS-42) que foi desmobilizada da Foz do Amazonas no fim de junho de 2023 (Foto Divulgação Foresea)

CAMPINAS — O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) solicitou à Petrobras os planos para simulação de emergência na Foz do Amazonas, que serão discutidos em 12 de agosto.

O cronograma frustrou as expectativas da petroleira de realizar a operação ainda este mês, para pleitear a licença para o início da perfuração.

Nesta quinta-feira (24/7), Petrobras pediu a antecipação da reunião sobre a Avaliação Pré-Operacional (APO) do processo de licenciamento ambiental para o dia 4.

É uma tentativa de acelerar o rito, já que o contrato de locação da sonda que realizará o teste vence em outubro.

A petroleira pede que a janela temporal de realização da APO seja informada na primeira quinzena de agosto, e solicita, ainda, autorização para movimentar a sonda.

A APO é um simulado de emergência de vazamento de petróleo e a última etapa do processo de licenciamento no bloco FZA-M-59.

No encontro de agosto, a estatal deve apresentar ao Ibama uma ou mais propostas de cenário para a execução da simulação, que testará a estrutura de resposta offshore e a execução do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna, aprovado pelo Ibama em maio.

Isto é, não há data marcada para a simulação, que ainda será avaliada pelo órgãos ambiental.

A Petrobras argumenta que todos os recursos críticos para a execução da APO já foram mobilizados. 

A lista inclui o navio-sonda NS-42, da Foresea, que está na costa do Pará; três helicópteros; seis embarcações de emergência; seis embarcações de atendimento à fauna; dois Centros de Atendimento à Fauna em Oiapoque (AP) e Belém (PA); e os profissionais envolvidos na operacionalização desses recursos.

A perfuração de um poço offshore leva entra quatro a seis meses, e a petroleira prevê a perfuração de, no mínimo, oito poços durante a campanha exploratória, segundo a Superintendência de Exploração (SEP).

Blocos leiloados

Os blocos da Foz do Amazonas chamaram atenção no 5º Ciclo de Oferta Permanente de Concessões da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado em junho.

O consórcio entre Petrobras e ExxonMobil arrematou dez blocos na bacia, sem concorrência por eles. Já o consórcio Chevron/CNPC levou nove blocos, após desbancar a concorrência de Petrobras/ExxonMobil em sete deles.

As petroleiras pagaram, ao todo, R$ 845 milhões em bônus de assinatura pelas concessões dos 19 blocos.

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