Margem Equatorial

Ibama aprova embarcações de resposta à emergência para perfuração na Bacia da Foz do Amazonas

Vistoria às embarcações foi seguida de relatório com sugestões de melhorias; Petrobras aguarda reunião sobre simulação de emergência, última etapa do licenciamento

Sonda ODN-II (NS-42) que foi desmobilizada da Foz do Amazonas no fim de junho de 2023 (Foto Divulgação Ocyan)
Sonda ODN-II (NS-42) que foi desmobilizada da Foz do Amazonas no fim de junho de 2023 (Foto Divulgação Foresea)

CAMPINAS — O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou, na terça-feira (29/7), as seis embarcações propostas pela Petrobras para fazerem parte do Plano de Emergência Individual (PEI) da perfuração marítima do bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas.

As vistorias foram realizadas de 7 a 13 de julho nas embarcações: C-Viking, C-Warrior, Corcovado, Ilha das Flechas, Mr. Sidney e Ms. Virgie. A visita foi seguida de um relatório com sugestões de melhorias, como manutenção constante dos braços aspersores de dispersantes.

A petroleira ainda aguarda a licença ambiental, emitida pelo instituto, para começar a fase exploratória do bloco e perfurar um poço em águas profundas.

O licenciamento depende da Avaliação Pré-Operacional (APO), um simulado de emergência de vazamento de petróleo, ainda sem data marcada pelo órgão ambiental.

No dia 12 de agosto, o Ibama e a Petrobras realizarão uma reunião sobre a APO para a petroleira apresentar os planos para a simulação.

O cronograma frustrou as expectativas da estatal de realizar a operação ainda este mês. A companhia pediu, na última quinta-feira (24/7), a antecipação da reunião para o dia 4. A proposta foi negada no dia seguinte (25/7) pelo Ibama.

Foi uma tentativa de acelerar o rito, já que o contrato de locação da sonda que realizará o teste vence em outubro e a perfuração de um poço offshore leva entre quatro a seis meses.

A petroleira prevê a perfuração de, no mínimo, oito poços durante a campanha exploratória, segundo a Superintendência de Exploração (SEP).

A Petrobras argumenta que todos os recursos críticos para a execução da APO já foram mobilizados e pediu, na semana passada, que a janela temporal de realização da simulação seja informada na primeira quinzena de agosto.

Para a execução da APO, a Petrobras informou já ter mobilizado o navio-sonda NS-42, da Foresea, que está na costa do Pará; três helicópteros; seis embarcações de emergência; seis embarcações de atendimento à fauna; dois Centros de Atendimento à Fauna em Oiapoque (AP) e Belém (PA); e os profissionais envolvidos na operacionalização desses recursos.

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