Em entrevista no Rio Oil & Gas Studio, o geólogo Pedro Zalán, explica porque são grandes as chances de existirem campos gigantes de petróleo e gás natural na Margem Equatorial brasileira, em especial na Foz do Amazonas.
“Tive a oportunidade de olhar o [levantamento sísmico] 3D de algumas dessas locações e eu vi lá situações fantásticas, que eu tenho quase certeza absoluta que serão campos gigantes, se um dia forem perfurados”, diz.
Zalán explica que esses “campos gigantes” seriam da ordem de 500 milhões a 2 bilhões de barris recuperáveis de petróleo e gás natural.
As expectativas para a região são ainda maiores com o sucesso exploratório da ExxonMobil no offshore da Guiana Francesa, em que foram anunciados 4 bilhões de barris recuperáveis de petróleo e gás, em nove descobertas. “É o mesmo play”, explica Zalán.
Apostas para 5ª rodada
Pedro Zalán acredita que Saturno e Titã são blocos muito bons e devem gerar concorrências. Saturno, inclusive, tem a vantagem de ter uma estrutura menor, batizada de Dione e o geólogo explica que há um possível flat spot na sísmica disponível – uma feição sísmica que indica o contato entre fluidos diferentes e, portanto, a presença de pelo menos algum hidrocarboneto.
Mas chama atenção para Pau-Brasil, a terceira área de pré-sal que será ofertada amanhã: “a indústria subestimou Pau-brasil na 3ª rodada, mas não deveria subestimar nesta. Ainda mais que o bônus caiu pela terça parte. Tem uma pechincha no mercado que é Pau-Brasil”.
O geólogo explica que há temor de que Pau-Brasil tenha um teor de CO2 muito elevado, que poderia inviabilizar o projeto.
O Studio Rio Oil & Gas é uma parceria da epbr com o Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), e conta com patrocínio do Porto do Açu.