A Fitch Ratings alterou sua perspectiva de 2025 para o setor global de petróleo e gás, passando de neutro para deteriorado, devido à redução do crescimento da demanda global do petróleo em função das perspectivas econômicas mais fracas após os anúncios de tarifas dos Estados Unidos
A mudança também considerou a reversão mais rápida do que o esperado dos cortes voluntários de produção da (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) e do aumento da produção.
A agência de classificação revisou sua projeção de preço do óleo neste ano para US$ 65 por barril, ante os 70 dólares o barril previstos em abril.
“Agora presumimos que a demanda global crescerá cerca de 800.000 barris por dia (bpd) esse ano, em comparação com nossas expectativas anteriores de pouco mais de 1 milhão de bpd. O mercado permanecerá com excesso de oferta em 2025”, disse a Fitch.
A Opep+ havia anunciado um aumento na produção de petróleo de 411 mil bpd em julho, pelo terceiro mês consecutivo. Essa mudança de política está exercendo pressão sobre os preços, já que o cartel continua a divergir de sua estratégia anterior de sustentação de preços, ressalta a análise.
Os fatores geopolíticos, como as avaliações e a escalada de conflitos no Oriente Médio, continuam a desempenhar um papel fundamental na dinâmica, segundo a Fitch.
Banco Mundial prevê queda
O Banco Mundial cortou suas projeções para o preço médio do Brent, em meio à desvalorização do barril desde abril: para 2025, agora, é estimado em US$ 66, ante a previsão anterior de US$ 72 o barril. Para 2026 a nova projeção é de US$ 61 por barril, contra os 71 dólares projetados anteriormente.
Para 2027, a instituição estima pela primeira vez que o Brent alcançará cotação média de US$ 65 por barril.
O corte, segundo o Banco Mundial, reflete a forte queda nos preços em abril, impulsionada pelo acréscimo na oferta da Opep+ e pela demanda global mais fraca — que permanece abaixo dos níveis registrados entre 2015 e 2019 (pré-pandemia de covid-19).
As informações constam do relatório divulgado na terça-feira (10/6).
Com informações do Estadão Conteúdo.