Os Estados Unidos produziram 12,9 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em 2023, o maior volume já extraído anualmente por um país na história. Com isso, lideram o ranking de produtores pelo sexto ano consecutivo, segundo a Agência de Informações em Energia do Departamento de Estado americano (EIA, na sigla em inglês).
A produção média no ano passado superou o recorde anterior, de 12,3 milhões de bpd estabelecido em 2019. Em dezembro de 2023, o volume chegou a 13,3 milhões de bpd.
Os 10 maiores produtores de petróleo do mundo
Veja a lista dos maiores produtores de petróleo cru e condensado em 2023 (em milhões de bpd):
- EUA: 12,9
- Rússia: 10,1
- Arábia Saudita: 9,7
- Canadá: 4,6
- Iraque: 4,3
- China: 4,2
- Irã: 3,6
- Brasil: 3,4
- UAE: 3,4
- Kuwait 2,7
- Outros: 22,8
Impacto dos cortes da Opep+ na produção global
Enquanto os americanos produzem como nunca, Arábia Saudita e Rússia, junto com outros membros da Opep+ estenderam o corte de 2,2 milhões de bpd até o meio do ano para tentar segurar os preços do petróleo.
Graças à restrição do cartel, os sauditas produzem hoje menos do que no pico, em 2022, quando extraíam 10,6 milhões de bpd, e não tem planos de ampliar significativamente a produção, que tem um potencial de chegar até 12 milhões de bpd.
Recentemente, a Saudi Aramco abandonou os planos de aumentar sua capacidade para 13 milhões de bpd até 2027.
A Rússia, por sua vez, era a maior produtora até 2017, mas desde então foi ultrapassada pelos EUA, com cortes voluntários e sanções que afetaram os volumes.
Arrancada após declínio
O domínio norte-americano começou a ser construído em 2009, após mais de 30 anos de declínio, graças aos avanços nas técnicas de fraturamento hidráulico e perfuração horizontal que permitiram aproveitar o shale gas, o gás não convencional, da Bacia do Permiano.
Mesmo com os recordes, a expectativa é que a produção norte-americana continue crescendo este ano, segundo a S&P Global e a Wood Mackenzie.