Estoques americanos

Estoques de petróleo nos EUA sobem 4,07 milhões de barris, aponta DoE

Reservas na semana aumentam acima da previsão de analistas; estoques de gasolina caem e destilados têm leve alta

Cavalos-de-pau para produção no shale de gás dos EUA, no campo de Bakken, Dakota do Norte (Foto Ole Jørgen Bratland/Statoil)
Produção terrestre de óleo e gás no campo de Bakken, Dakota do Norte/EUA (Foto Ole Jørgen Bratland/Statoil)

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 4,07 milhões de barris nesta semana, a 427,86 milhões de barris, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta de 2,4 milhão de barris.

Os estoques de gasolina tiveram queda de 3,03 milhões de barris, a 248,05 milhões de barris, enquanto a projeção era de ampliação em 800 mil barris.

Já os de destilados avançaram 135 mil barris, a 118,61 milhões de barris, quando a previsão era de baixa de 1,6 milhão de barris.

A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 84,5% para 85,0%, ante a previsão de 84,7%.

Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram alta de 872 mil barris, a 21,819 milhões de barris. A produção média diária de petróleo subiu a 13,494 milhões de barris na semana.

Petróleo aprofunda queda após alta nos estoques

Os contratos futuros do petróleo tiveram nova rodada de aprofundamento das perdas na quarta-feira (5/2) após aumento muito acima do esperado nos estoques americanos. A commodity já vinha pressionada pela pesquisa do American Petroleum Institute (API) citada por fontes da Reuters.

No fechamento da sessão de quarta, os contratos futuros do petróleo registraram queda. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para março caiu 2,29%, a US$ 71,03 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na ICE, recuou 2,08%, a US$ 74,61 o barril.

A política de “pressão máxima” dos EUA contra o Irã e as tensões geopolíticas foram ofuscadas pelo aumento dos estoques. Além disso, o mercado monitora os impactos de uma possível escalada da guerra comercial entre EUA e China, que pode afetar a demanda global por petróleo.

Negociações de paz na Ucrânia pressionam o barril

Além da alta nos estoques dos EUA, os preços do petróleo também foram pressionados em mais de 2% nesta quarta (12/2) por declarações do ex-presidente Donald Trump sobre negociações de paz na Ucrânia. Trump afirmou ter conversado com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e que ambos demonstraram interesse em encerrar o conflito iniciado em 2022.

O movimento no mercado levou o Brent para abril a cair 2,36% (US$ 1,82), fechando a US$ 75,18 o barril na Intercontinental Exchange (ICE). Já o WTI para março, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), recuou 2,65% (US$ 1,95), encerrando a sessão a US$ 71,37 o barril.

Zelensky confirmou um diálogo com Trump, no qual discutiram possíveis caminhos para um acordo de paz. A incerteza sobre os desdobramentos dessas negociações influenciou a retração nos preços da commodity.


Com informações da Dow Jones Newswires.

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