Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 3,341 milhões de barris, a 433,627 milhões de barris na semana passada, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam alta de um milhão barris.
Os estoques de gasolina tiveram queda de 1,446 milhão barris, a 239,128 milhões de barris, enquanto a projeção era de queda de 1,8 milhão barris.
Já os de destilados recuaram 421 mil de barris, a 114,362 milhões de barris, quando a previsão era recuo de 800 mil barris.
A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 86,9% para 87%, em linha com a previsão de analistas.
Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram queda de 755 mil barris, a 22,705 milhões de barris. A produção média diária de petróleo subiu levemente a 13,574 milhões de barris na semana.
Barril reage a dados de estoques e política de Trump
Os preços do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (26/3), impulsionados pela redução inesperada dos estoques norte-americanos. O Brent para junho avançou 0,93% (US$ 0,67), alcançando US$ 73,06 o barril, enquanto o petróleo WTI para maio subiu 0,94% (US$ 0,65), a US$ 69,65 o barril.
Analistas destacam que a queda nos estoques nesta época do ano, normalmente marcada por aumento de reservas, gerou preocupação com a oferta à medida que se aproxima a temporada de maior demanda no verão do Hemisfério Norte.
O movimento foi reforçado pela perspectiva de impactos nas políticas energéticas do governo Trump, incluindo possíveis tarifas sobre importações de petróleo venezuelano e sanções ao Irã.
Apesar do cenário positivo no curto prazo, persistem incertezas sobre a trajetória dos preços. A entrada de mais oferta da Opep+ no mercado e os efeitos das tarifas e da guerra comercial podem limitar os ganhos futuros. “A demanda ainda é imprevisível”, observou Fawad Razaqzada, da Forex.com.
O mercado segue atento aos desdobramentos geopolíticos e aos próximos dados de produção e estoques, que devem continuar influenciando a volatilidade dos preços nos próximos dias.
Com informações da Dow Jones Newswires.