A Equinor anunciou nesta terça-feira (10/11) contratos no valor de US$ 455 milhões com a Baker Hughes, Halliburton e Schlumberger para perfuração e serviços de poços no campo de Bacalhau, na Bacia de Santos. Os contratos têm um prazo firme de quatro anos e duas opções de dois anos.
A empresa entende que os contratos podem gerar uma contribuição significativa para os índices de conteúdo local do projeto, já que conteúdo local médio dos três contratos, considerando que a maioria dos serviços será realizada no Brasil, é estimado em 74%.
“Os contratos promovem ainda mais nossa experiência de cooperação positiva com os três fornecedores selecionados em nossos projetos em todo o mundo. Eles serão essenciais para garantir a perfuração e operações de poços seguras e eficientes no campo de Bacalhau”, afirma Peggy Krantz-Underland, chief procurement officer da Equinor.
Veja os contratos anunciados
- Contrato com a Baker Hughes cobre serviços de perfuração e completação
- Halliburton incluirá serviços de intervenção e suspensor de revestimento
- Schlumberger fornecerá serviços de perfilagem
Bacalhau é o maior projeto da Equinor fora da Noruega e é considerado por alguns executivos da empresa o Sverdrup fora da Noruega, um grande campo no Mar do Norte que a Equinor está atualmente desenvolvendo.
“O Brasil é uma área prioritária para a Equinor e Bacalhau é um ativo importante no pré-sal brasileiro, localizado na Bacia de Santos. Junto com nossos parceiros, estamos atualmente amadurecendo o projeto em direção a uma decisão final de investimento (FID) que está planejada para 2021”, disse Trond Bokn, vice-presidente sênior em exercício para desenvolvimento de projetos na Equinor.
A Equinor é a operadora do campo de Bacalhau com 40% de participação. Tem como sócias a ExxonMobil (40%) e Petrogal Brasil (20%).
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FPSO contratado com a Modec
A Equinor oficializou em janeiro a contratação da Modec para fornecer o navio-plataforma, do tipo FPSO, que será utilizado para a produção de petróleo e gás no campo de Bacalhau. A empresa havia sido contratada para o Pré-Feed (Pre-Front End Engineering Design, sigla em inglês), em dezembro de 2018 e ficou com a obra.
A Modec será responsável pelo projeto e construção do FPSO, incluindo contratação dos módulos do topside, bem como sistemas marítimos e de casco. A primeira produção de petróleo está planejada no período entre 2023-2024.
A Equinor anunciou também que contratou com o consórcio Subsea Integration Alliance, formado por Subsea7 e OneSubsea, o pacote de SURF (Subsea, Umbilical, Risers and Flowlines), equipamentos que são instalados no leito marinho.
Uma segunda plataforma, que pode representar um segunda fase de desenvolvimento de Carcará, ainda está em estudo pelo consórcio liderado pela Equinor.
Linha do tempo do projeto de Bacalhau
- A descoberta foi realizada pela Petrobras em 2012
- Equinor adquiriu a participação de 66% da Petrobras no BM-S-8 por US$ 2,5 bilhões em julho de 2016.
- Vendeu para a ExxonMobil metade dessa parcela por US$ 1,3 bilhão
- Em julho de 2017, acertou a venda de 3,5% e 3%, respectivamente, da parcela de 10% que comprou da Enauta na área para a ExxonMobil e Petrogal, operação que movimentou mais US$ 250 milhões
- Cade aprovou a entrada da ExxonMobil em setembro de 2017
- Em janeiro de 2018, recebeu do Ibama licença ambiental para a perfuração de até sete poços na área. A licença, válida por quatro anos, libera também a realização de um teste de formação de curta duração em poço já existente.
- Em fevereiro de 2018 iniciou o licenciamento de dois FPSOs para produzir em Bacalhau. A primeira unidade de produção deve entrar em operação em julho de 2024
- Ibama ampliou a licença para a perfuração de poços no campo em setembro de 2018
- Saída da Barra Energia foi aprovada em novembro de 2018 pelo Cade
- Em dezembro de 2019 a Equinor declarou a comercialidade das áreas de Carcará e Norte de Carcará, que passaram a se chamar Bacalhau e Norte de Bacalhau.
- A primeira produção de petróleo está planejada para 2024
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