Petróleo e Gás

Eneva e PetroRecôncavo juntas na disputa por 28 campos na Bahia

Polo Bahia Terra inclui infraestrutura para movimentação e processamento de petróleo e gás natural

Eneva e Petrorecôncavo juntas na disputa por 28 campos na Bahia
Infraestrutura de óleo e gás na Bahia; Petrobras está vendendo ativos no estado e em outras regiões do Nordeste (foto: Saulo Cruz/MME )

Um consórcio formado por Eneva e PetroRecôncavo está disputando a compra de 28 campos de produção de petróleo e gás, em terra, na Bahia. A Petrobras está recebendo propostas nesta terça (22/3) para o polo Bahia Terra.

A informação foi antecipada pelo Brazil Journal e confirmada pela agência epbr.

O acordo prevê a PetroRecôncavo como operadora dos projetos. A Eneva optou por reduzir riscos no estado, onde está adquirindo duas usinas de geração de energia solar fotovoltaica com incorporação da Focus Energia, negócio avaliado em R$ 960 milhões.

A produção média do polo Bahia Terra em janeiro e fevereiro de 2021 foi de cerca de 13,5 mil barris de óleo por dia e 660 mil m³/dia de gás.

A Petrobras está vendendo 100% de participação nos 28 campos, localizados nas bacias do Recôncavo e Tucano.

Como é de praxe no desinvestimento da Petrobras, a estatal incluiu no polo a infraestrutura de movimentação e processamento de petróleo e gás natural.

Faz parte do pacote à venda dois parques de estocagem e movimentação de óleo com infraestrutura para escoar a produção para a Refinaria de Mataripe, da Acelen (antiga Landulfo Alves, RLAM).

E a unidade de processamento de gás natural (UPGN) de Catu, com capacidade para 2 milhões de m³/dia.

A nova rodada de ofertas foi realizada após o encerramento das negociações iniciadas com o consórcio formado pelas empresas Aguila Energia e Participações e Infra Construtora e Serviços. Em outubro de 2021, o consórcio fez uma oferta superior a US$1,5 bi pelo pelos campos.

Crescimento por aquisição de ativos da Petrobras

Petrorecôncavo e Eneva vem expandindo operações a partir da aquisição de ativos da Petrobras.

A Petrorecôncavo, com operações na Bahia e no Rio Grande do Norte, por meio da Potiguar E&P, produziu cerca de 20 mil barris/dia de petróleo e gás (boe) em fevereiro deste ano, alta de 6 mil boe/dia em relação ao 4º trimestre do ano passado.

O mais recente foi o polo Miranga, na Bahia, que produziu 3,3 mil boe/dia em novembro, sob operação da Petrobras, e subiu 30% até fevereiro, para 4,3 mil boe/dia. A Petrorecôncavo assumiu em dezembro.

Também são empresas presentes no mercado de gás. A Petrorecôncavo passou este ano a ser uma das supridoras da Potigás, distribuidora do Rio Grande do Norte, e Bahiagás, da Bahia.

A Eneva produz gás e gera energia elétrica nos estados do Amazonas, Roraima e Maranhão. E estuda ampliar a posição no mercado de gás natural liquefeito (GNL) a partir de um terminal no Maranhão.

Além disso, comprou a Focus Energia, que atua com comercialização e geração centralizada e distribuída de energia elétrica.

São 3,7 GW de potência instalada em Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul, incluindo os parques Futura 1, 2 e 3 na Bahia, de 670 MW, maior projeto de geração solar fotovoltaica em desenvolvimento no país.