Offshore

Enauta conclui conexões para primeiro óleo do FPSO Atlanta

Petroleira aguarda licença de operação ambiental e autorização do Ibama e ANP

Enauta conclui conexões do sistema submarino e de linhas para primeiro óleo do FPSO Atlanta. Na imagem: FPSO em produção no Campo de Atlanta (Foto: Divulgação Enauta)
Campo de Atlanta (Foto: Divulgação Enauta)

BELO HORIZONTE – A Enauta anunciou, nesta terça-feira (30/7), que concluiu as conexões do sistema submarino e de linhas para o primeiro óleo do FPSO Atlanta, no campo de águas profundas de Atlanta, na Bacia de Santos (SP).

Agora, a petroleira faz testes e adaptações determinadas pelos órgãos reguladores. Falta, ainda, a licença de operação ambiental e autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os servidores do órgão ambiental entraram em greve, questionada pelo governo federal na Justiça. E a ANP faz parte do movimento que negocia a revisão das carreiras e pretende fazer uma paralisação de 48 horas a partir de amanhã (31/7).

Plataforma do sistema definitivo

O FPSO Atlanta vai elevar em 70% a capacidade de produção da companhia no campo de mesmo nome no pós-sal da Bacia de Santos. É um ativo produtor de óleo pesado, sem exportação de gás natural, que vinha produzindo desde 2018, por meio do FPSO Petrojarl I.

A plataforma do sistema definitivo de Atlanta pode processar 50 mil barris de petróleo por dia, armazenar 1,6 milhão de barris e gerar 20 MW de eletricidade.

Segundo a empresa, nas próximas semanas ela começará a instalar o segundo módulo de bombeio multifásico e conexão dos outros postos, a fim de aumentar a produção.

Em julho do ano passado, em um movimento para reduzir riscos no campo, a Enauta vendeu o FPSO Atlanta para a Yinson Holdings por US$ 465 milhões. Ali, passou a vigorar contratos de aluguel, operação e manutenção da plataforma por 15 anos.

Fusão com a 3R Petroleum

No início do mês, a Superintendência-Geral do Cade aprovou sem restrições a incorporação da Enauta pela 3R. O aval do órgão antitruste é a última etapa para conclusão da operação, que pretende criar uma das maiores empresas independentes de óleo e gás com sede na América Latina.

Com a combinação das ações, a Enauta será uma subsidiária integral da 3R. O negócio envolve a incorporação de ações da Maha Holding e da 3R Offshore.

Combinadas, as empresas teriam produzido 58 mil barris/dia e 1,8 milhão de m³/dia de gás natural em dezembro do ano passado. Produção que tem potencial de ser maior, com novos investimentos nos ativos.

Décio Oddone, atual presidente da Enauta, vai comandar a nova 3R Petroleum a partir da fusão. O atual presidente da 3R Petroleum, Matheus Dias, será membro do Conselho de Administração da nova empresa.