Preço do petróleo

DoE mantém projeção de preços médios do Brent e WTI para 2025 e 2026

Brent deve atingir US$ 74 em 2025 e cair para US$ 66 em 2026, com a produção global de combustíveis líquidos crescendo 1,9 milhão de barris/dia neste ano

Plataforma FPSO P-34 da Petrobras no campo de Jubarte, na Bacia do Espírito Santo, com flare aberto (Foto Roberto Rosa/Agência Petrobras)
Plataforma FPSO P-34 da Petrobras no campo de Jubarte, na Bacia do Espírito Santo, com flare aberto | Foto Roberto Rosa/Agência Petrobras

O Departamento de Energia (DoE, em inglês) dos Estados Unidos manteve sua previsão do preço médio do petróleo Brent em 2025 de US$ 74 o barril, segundo relatório mensal de Perspectivas de Energias no Curto Prazo (STEO, em inglês), divulgado nesta terça-feira (11/2). Para 2026, o departamento norte-americano também manteve a previsão de queda do Brent para US$ 66 o barril.

A instituição manteve as estimativas para o WTI, na média de US$ 70 o barril em 2025, e espera que os preços caíam para US$ 62 o barril em 2026.

Conforme o relatório, a produção global de combustíveis líquidos deverá aumentar em 1,9 milhão de barris por dia (b/d) em 2025 e em 1,6 milhão de b/d em 2026, devido a uma combinação de crescimento da oferta de países fora da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e ao relaxamento dos cortes de produção pela organização.

“Não prevemos que as sanções aos setores de petróleo e transporte marítimo da Rússia anunciadas em 10 de janeiro afetarão significativamente nossa previsão de produção da commodity”, acrescenta o DoE.

Petróleo sobe com tensões em Gaza e risco de aperto na oferta

Enquanto os EUA mantêm projeções de queda para os preços do petróleo em 2025 e 2026, os contratos futuros da commodity fecharam em alta nesta terça-feira (11/2), impulsionados por tensões geopolíticas e riscos à oferta global. O Brent para abril avançou 1,49% (US$ 1,13), fechando a US$ 77 o barril, e o WTI para março subiu 1,38% (US$ 1), para 73,32 dólares.

O aumento reflete as ameaças de retomada dos conflitos em Gaza, após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Trump alertou que “se o Hamas não soltar os reféns até sábado, tudo pode acontecer”, enquanto Netanyahu ameaçou retomar os combates caso os reféns não sejam libertados.

Além disso, sanções ao petróleo iraniano e a redução da produção russa abaixo da cota da Opep+ pressionaram os preços. Analistas da ANZ Research destacam que a produção russa ficou abaixo da meta em janeiro, enquanto o Swissquote Bank apontou o impacto das novas sanções dos EUA às exportações de petróleo do Irã. A Rússia, no entanto, afirmou que continuará fornecendo petróleo aos mercados globais, apesar das sanções.

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