Gás Natural

Diversificar negócios é o caminho para petroleiras independentes, diz Márcio Félix

Presidente da Abpip acredita no potencial de novos mercados como a estocagem de gás natural e captura de carbono

Márcio Félix, CEO da EnP, fala com o estudio epbr durante a Bahia Oil & Gas Energy
Márcio Félix, CEO da EnP, fala com o estudio epbr durante a Bahia Oil & Gas Energy

SALVADOR — O caminho para desenvolver as petroleiras independentes é diversificar os negócios, disse Márcio Félix, CEO da EnP e novo presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip), ao estudio epbr durante a Bahia Oil & Gas Energy.

O executivo citou, por exemplo, os mercados de estocagem de gás natural e captura de carbono, a produção de hidrogênio e a geração térmica distribuída. Ele ressalta que o mercado já está sendo explorado por empresas que não são petroleiras tradicionais, como a Origem Energia.

“Existe um espaço para se estocar gás, como é o caso da primeira empresa a estocar de gás, a Origem. É um projeto de CCS de captura de carbono, o primeiro projeto do Brasil. Não é nem de uma empresa independente, mas é de uma empresa de etanol de milho na Bacia do Parecis que está usando conhecimento geológico da área de petróleo e gás com apoio de especialistas da área de petróleo para fazer o primeiro projeto de captura de carbono do Brasil e certamente outros projetos.”

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Outras possibilidades de negócio já são desenvolvidas em outros países, como no Canadá, onde há mais de 500 independentes, afirma.

“A gente tem como especialmente no Canadá uma série de exemplos de utilização de infraestruturas existentes que estão hoje ociosas. De utilização de CO2 para aumento do fator de recuperação. Tem já startups envolvidas em, por exemplo, desenvolver projetos que possam gerar hidrogênio limpo, hidrogênio azul incito dentro do reservatório. Então começa a ter sacadas diferentes e a gente fala um termo muito falado esses últimos tempos, geração distribuída, e eu brinco, faço associação, dizer que a gente tem a produção distribuída.”

Félix afirma que a falta de infraestrutura também pode ser uma oportunidade para o desenvolvimento de novos negócios. Exemplos são a Eneva e a geração térmica a gás no Maranhão ou o uso de GNL em pequena escala.