As reservas de petróleo em águas profundas são “ativos extraordinários” da Petrobras, afirmou nesta terça-feira (17/6), a diretora executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti.
A executiva também frisou que a petroleira precisa investir em novas fronteiras, sob o risco de precisar importar combustível na próxima década e comprometer as metas de descarbonização.
“Essas reservas em águas profundas sem dúvida não são ativas extraordinárias e que diferenciam também a Petrobras”, disse a diretora, frisando que a petroleira tem “reservas significativas” nessas áreas.
“A nossa expertise na exploração de petróleo em águas profundas é uma expertise buscada por todas as grandes empresas petroleiras do mundo”, destacou.
Coppetti participa do evento Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2025-2050, realizado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), no centro do Rio.
A executiva ressaltou também que a Petrobras precisa investir em novas fronteiras de exploração.
“Precisamos investir em novas fronteiras exploratórias e novos poços. Isso não significa de forma alguma que a gente vai retroceder na nossa meta de ser uma empresa com foco de transição energética justa. Nosso petróleo é um dos mais descarbonizados frente aos grandes países produtores de petróleo.”
Mas, segundo ela, se o Brasil não incorporar novas reservas, terá, a partir da década de 2030, de importar petróleo, o que levaria vulnerabilidade para a balança comercial e prejudicaria as metas de corte de emissões de CO2, já que o produto comprado no exterior não seria descarbonizado como o produzido pela Petrobras.
Por Juliana Garçon