A decisão final sobre o investimento no desenvolvimento do projeto de Gato do Mato, no pré-sal da Bacia de Santos, deve ocorrer até abril de 2025, segundo o CEO da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa.
“Estou trabalhando com o cenário da decisão afirmativa. Se a decisão não for essa, vamos ter que parar para pensar o que vai fazer depois, mas a gente fez um trabalho muito bom em 2024 e estou otimista”, disse o executivo a jornalistas no Rio de Janeiro nesta terça-feira (7/1).
A companhia está em fase final de negociação com a Modec para o fornecimento do FPSO que poderá produzir na área, caso a opção seja pelo investimento.
A plataforma deve ter capacidade para produzir 120 mil boe/dia e terá a possibilidade de conversão futura para operação a energia elétrica, no conceito all-electric. Terá também a flexibilidade para a exportação do gás natural produzido para a costa, embora a previsão inicial seja de reinjeção nos reservatórios no começo da produção.
No ano passado, a companhia também lançou um edital para o fornecimento dos serviços de subsuperfície da área.
Os avanços ocorrem depois da interrupção do andamento do projeto em dezembro de 2022 para reavaliar o desenho de engenharia, devido aos impactos da pandemia e da guerra da Ucrânia no mercado, com o aumento dos custos na indústria.
“A gente conseguiu simplificar o projeto de engenharia do FPSO de Gato do Mato e, consequentemente, levar a um custo mais aceitável no cenário de mercado hoje, que está um pouco mais estabelecido”, explicou o CEO.
A Shell opera a área em parceria com a Ecopetrol e a TotalEnergies, além da PPSA.
Exploração e intervenções
A Shell também planeja iniciar em 2025 a campanha exploratória do bloco C-M-659, em águas profundas na Bacia de Campos, com a perfuração do prospecto de Ariranha.
A área foi arrematada na 16ª Rodada, em parceria com a Chevron e a QatarEnergy.
Em paralelo, a companhia deve ter uma segunda sonda trabalhando no país este ano, em uma campanha de intervenção no BC-10 (Parque das Conchas), também na Bacia de Campos. Os serviços de manutenção e intervenção nas bombas têm o objetivo de ajudar a maximizar a produção na região.