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Brava Energia conclui aquisição de 23% da Qatar Energy no Parque das Conchas

Negócio marca entrada da Brava em mais um ativo no litoral do Sudeste, onde a companhia opera Atlanta, Papa-Terra e Peroá

Na imagem: FPSO Espírito Santo, no Parque das Conchas, operado pela Shell na Bacia de Campos (Foto Roberto Rosa/Shell)
FPSO Espírito Santo, no Parque das Conchas, operado pela Shell na Bacia de Campos | Foto Roberto Rosa/Shell

A Brava Energia informou nesta segunda (30/12) que concluiu a aquisição da fatia de 23% da Qatar Energy no Parque das Conchas, na parte capixaba da Bacia de Campos.

O valor da transação, desconsiderando os ajustes, é de US$ 150 milhões, dos quais a Enauta desembolsou US$ 15 milhões na ocasião da assinatura do contrato de aquisição, em dezembro de 2023 (antes da fusão com a 3R e que resultou na Brava).

Na conclusão do negócio, a Brava pagou mais US$ 430 mil – já considerando o ajuste pelo fluxo de caixa acumulado do período desde 1º de julho de 2023 (data efetiva do contrato). Outras duas parcelas de US$ 30 milhões deverão ser pagas em 12 e 24 meses após a conclusão da transação.

O Parque das Conchas é composto pelos campos de petróleo de Abalone, Ostra e Argonauta, na Bacia de Campos.

O ativo é operado pela Shell, que detém 50% de participação na concessão, em sociedade com a indiana ONGC, com os 27% remanescentes. 

Os contratos de concessão têm vigência até 2032, com possibilidade de extensão. 

No acumulado de 2024, até novembro, a produção média do ativo foi de 27 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo 6,2 mil boe/dia correspondentes à participação adquirida pela Brava.

Brava espera aproveitar sinergias

A petroleira brasileira citou, em comunicado ao mercado, que o óleo produzido no Parque das Conchas tem características semelhantes aos demais óleos dos ativos do portfólio offshore da companhia – o que pode representar possíveis sinergias logísticas e comerciais.

A Brava opera, no litoral do Sudeste, os campos de Papa-Terra (Bacia de Campos), Peroá (Bacia do Espírito Santo) e Atlanta e Oliva (Bacia de Santos).

A aquisição do Parque das Conchas faz parte de um movimento de aquisições da então Enauta, no fim de 2023, que incluiu também o anúncio da compra de Uruguá-Tambaú, da Petrobras, em águas profundas no pós-sal da Bacia de Santos.

O negócio, porém, não vingou. A Petrobras rescindiu o contrato para a venda dos campos, por descumprimento de condicionantes – no caso, a conclusão da aquisição, pela Enauta, do FPSO Cidade de Santos, da Modec. 

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