O Brasil terá demanda para a construção de quatro novas refinarias até 2040. A estimativa, apresentada por Marcelo Cavalcanti, superintendente adjunto da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), é que o país precisará saltar sua capacidade de refino dos atuais 2,34 milhões de barris por dia para 3,27 milhões barris por dia em duas décadas.
“Haverá certamente demanda para a construção de novas refinarias. Isso mesmo com os projetos do segundo trem de refino do Refinaria Abreu e Lima (RNEST) e também com o projeto do Comperj”, comentou ao participar do O&G Regulation International Benchmark Forum, organizado pelo IBP e a OGE, entre os dias 10 e 11 de junho.
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O mercado de refino no Brasil passará certamente por mudanças nos próximos anos. Na semana passada, por maioria de votos, o Cade homologou a proposta da Petrobras para vender oito unidades de refino e encerrar o processo que apura abusos da posição dominante da companhia no mercado. O termo de compromisso de cessação (TCC) foi assinado nesta terça, logo após o julgamento.
No mesmo dia, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, confirmou que a companhia estuda construir uma termelétrica a gás no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). A conclusão do estudo para a viabilidade de uma joint-venture com a CNPC, estatal chinesa, está previsto para setembro.
A CNPC é sócia da Petrobras no campo de Mero, na Bacia de Santos, e também negocia com a Petrobras a entrada nos campos de Marlim, na Bacia de Campos. Se não mantiver o projeto de refino no Comperj, haverá espaço para se adicionar mais capacidade de refino no país.
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