Setor naval

BNDES aprovou R$ 6 bi em financiamento para projetos do Fundo da Marinha Mercante em 2024

Valor é o maior em 12 anos e representa mais de três vezes as aprovações dos anos de 2019 a 2022

Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anuncia investimentos de Bancos Públicos em estados, no Palácio do Planalto, em 12/1/2023 (Foto Ricardo Stuckert/PR)
Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (Foto Ricardo Stuckert/PR)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em 2024, R$ 6 bilhões em crédito para projetos financiados pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM). O montante é o maior em 12 anos e representa mais de três vezes o total dos anos de 2019 a 2022, período em que o BNDES aprovou R$ 1,9 bilhão para projetos com recursos do fundo. 

Além disso, os R$ 6 bilhões aprovados em 2024 superam ainda os R$ 3,9 bilhões aprovados nos sete anos anteriores (entre 2016 e 2022). 

“Essa retomada da construção naval, que está sendo responsável pela geração de mais de 10 mil empregos, está concentrada especialmente no transporte hidroviário, com balsas, barcaças e empurradores, associado à descarbonização em que o Brasil tem um imenso potencial”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

 “A exigência da Organização Marítima Internacional da ONU de que, até 2030, 40% da frota mundial terá de usar combustível renovável pode representar um imenso impulso para a construção naval brasileira pela liderança que o Brasil exerce internacionalmente no setor de biocombustíveis”, acrescentou.

Mercadante apontou também que o BNDES lançou um edital de R$ 6 bilhões para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, incluindo o combustível de aviação sustentável (SAF) e combustíveis para navegação, com uma demanda identificada de R$ 167 bilhões em investimentos.

“Esse edital reafirma o enorme potencial para uma retomada muito promissora da construção naval associada à descarbonização”, concluiu.

Operado pelo BNDES, o FMM é um fundo de natureza contábil, destinado a prover recursos para o desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras.

Administrado pelo Ministério dos Transportes, por intermédio do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), tem como principal fonte de recursos o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), tributo instituído pelo Decreto-Lei nº 2.404, de 23 de dezembro de 1987.

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