RIO — A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concluiu nesta sexta (19/5) a desinterdição das 38 instalações do Polo Bahia Terra que tiveram a operação paralisada pelo regulador no fim de 2022, por questões de segurança.
O ativo, da Petrobras, responde por cerca de 32% da produção terrestre de petróleo e gás natural da Bahia.
A Petrobras, no governo de Jair Bolsonaro (PL), colocou o polo à venda e recebeu propostas de um consórcio formado por Eneva e Petroreconcâvo.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), contudo, já afirmou que a liquidação do Polo Bahia Terra será reavaliada sob “uma nova ótica” e ainda não há decisão sobre o futuro dos campos.
Ele lembrou que, no caso do conjunto de campos terrestres da Bahia, o acordo com Eneva e PetroReconcavo não foi fechado.
A PetroReconcavo chegou a adiantar R$30 milhões à Petrobras, para iniciar a fase de negociação dos termos e condições para a potencial aquisição das concessões associadas ao Polo Bahia Terra, mas nenhum contrato foi assinado.
“O que está assinado será cumprido, o que não está assinado será revisto”, comentou Prates, ao ser questionado por jornalistas, em evento no Rio de Janeiro, em março. “[A negociação do Polo Bahia Terra] vai continuar sendo tratado dentro de uma nova ótica”, disse Prates, na ocasião.
A PetroReconcavo, aliás, foi impactada pela interdição do polo. A empresa usa a infraestrutura forma compartilhada pela Petrobras e teve dificuldades no escoamento e na comercialização da produção de gás.
O retorno das instalações foi gradual. Ao todo, 28 campos terrestres foram paralisados:
- Araçás
- Buracica
- Canário da Terra
- Canário da Terra Sul
- Cantagalo
- Cidade de Entre Rios
- Fazenda Alvorada
- Fazenda Azevedo
- Fazenda Bálsamo
- Fazenda Boa Esperança
- Fazenda Imbé
- Fazenda Panelas
- Guritã
- Guritã Sul
- Jandaia
- Lamarão
- Leodório
- Malombê
- Mandacaru
- Massapê
- Riacho da Barra
- Riacho Ouricuri
- Rio da Serra
- Rio do Bu
- Rio Itariri
- Rio Sauipe
- Tangará
- Taquipe