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Você vai ver aqui: Putin e Xi Jiping se encontram e o comércio de petróleo deve estar no topo da agenda. Rússia busca na China um destino para seus barris. O consumo chinês deve cair este ano, depois de mais de 30 anos. Europa propõe windfall tax para atenuar a crise da energia. E mais:
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder chinês Xi Jiping, se encontram nesta quinta (15/9), no Uzbequistão, no Conselho de Chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai — uma aliança entre países orientais.
A expectativa é que os comandantes aproveitem a oportunidade para tratar não só dos rumos da invasão da Ucrânia, no pior momento da investida russa desde o início do conflito, como também da expansão da cooperação energética entre a Rússia e China.
— Na avaliação da S&P Global, o petróleo deve estar no topo da agenda entre os dois países, dada a necessidade da Rússia de encontrar novos mercados, à medida que as sanções ocidentais se acirram.
— A estimativa é que 3,5 milhões de barris/dia exportados anteriormente pelos russos à Europa precisarão ser redirecionadas até fevereiro de 2023.
Desde o início da guerra, o envio de óleo russo para a China aumentou significativamente. A S&P Global Commodity Insights estima 1,82 milhão de barris/dia, na média, entre janeiro e julho — alta de 6,4% em relação a 2021.
— A China tem aproveitado os descontos consideráveis do petróleo russo — superiores a US$ 20, neste momento, em relação ao Brent.
O fluxo Rússia-China afeta indiretamente o Brasil, que tem no país asiático o seu principal parceiro comercial nas exportações de petróleo.
— O consumo chinês de petróleo sofrerá a maior queda anual desde 1984, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). O consumo da China cairá em 420 mil barris/dia, ou 2,7%, em 2022. Será a primeira queda anual desde um recuo de 1% em 1990 [Bloomberg]
— Além disso, os russos têm que lidar com a concorrência de outros exportadores. A China teme ficar dependente da Rússia. Em agosto, as compras de óleo russo pelos chineses recuaram 13%, enquanto as importações do Oriente Médio, África e Malásia cresceram.
— A arrecadação russa com a exportação de óleo, em agosto, aliás, caiu US$ 1,2 bilhão ante julho, para US$ 17,7 bilhões — menor patamar desde março, segundo a AIE. [Valor]
— Existem também dificuldades logísticas para o aumento das exportações russas. A principal rota de escoamento para a Ásia, o oleoduto da Sibéria Oriental-Oceano Pacífico, por exemplo, tem operado a plena capacidade.
O Brent subiu 1%, para US$ 94,10 o barril, na quarta (14/9) e nesse negociado neste patamar, em leve queda na manhã de hoje. A demanda menor da commodity na China, e a informação de que o governo dos Estados Unidos pretende voltar a aumentar sua reserva estratégica pressionaram ontem os preços para cima. Valor
Mudança na Shell. Ben van Beurden anunciou nesta quinta (15) que vai renunciar, no final do ano, ao cargo de CEO Global da Shell. Será substituído por Wael Sawan, atual diretor de Soluções Integradas de Gás, Renováveis e Energia.
— Ben van Beurden continuará no conselho até 30 de junho de 2023. Está na Shell há 39 anos e comandou a empresa nos últimos nove.
— Wael Sawan: “Seremos disciplinados e focados no valor, enquanto trabalhamos com os nossos clientes e parceiros para fornecer a energia fiável, acessível e mais limpa de que o mundo necessita”.
No Brasil, a Shell também trocou o comando das suas operações recentemente, quando Cristiano Pinto da Costa assumiu as operações da empresa no lugar de André Lopes Araújo.
União Europeia e a windfall tax UE quer levantar 140 bilhões de euros com a taxação de lucros extraordinários de empresas do setor de energia. O plano é distribuir os elevados e inesperados lucros repentinos de algumas companhias para atenuar o impacto da elevação dos preços para os consumidores. Dow Jones
Alemanha avalia nacionalizar a empresa de gás Pacote de ajuda emergencial ao setor inclui uma oferta de ações que pode levar o governo alemão a ficar com uma participação majoritária na Uniper, controlada pela finlandesa Fortum. Companhia informou que ainda não há nenhuma decisão tomada, mas que as partes procuram soluções alternativas, em meio à piora na crise energética da Europa. Dow Jones
Equinor começa a importar gás em Peregrino Norueguesa está substituindo diesel por gás natural como principal combustível na geração de energia nas operações do ativo, na Bacia de Campos.
— A Equinor iniciou a importação de gás pelo gasoduto Rota 2, da Petrobras. A expectativa é que a troca de combustíveis evite 100 mil toneladas de emissões de CO₂ por ano. Peregrino é o maior ativo operado pela Equinor fora da Noruega.
Enauta retoma produção de Atlanta. Previsão é que até o fim de setembro os três poços do campo estejam em operação. Segundo a empresa, durante a parada, foram atendidas demandas do Ministério do Trabalho e realizados trabalhos de inspeção e adequação da plataforma Petrojarl I para extensão do contrato de afretamento por um período adicional de até dois anos. A expectativa é que até o fim de 2022 a extensão da vida útil do FPSO seja confirmada.
Santos Brasil opera combustíveis em Itaqui Empresa de operações portuárias e logísticas obteve autorização da ANP para operar seu primeiro terminal de granéis líquidos no Porto do Itaqui (MA).
— O TGL 3 se trata de um ativo brownfield (já existente), com capacidade de 20 milhões de litros. O terminal é composto por sete tanques para armazenamento de diesel, gasolina, etanol anidro e biodiesel e foi arrematado em leilão em abril de 2021, junto com mais um terminal brownfield e outro greenfield — previsto até 2026.
ANP fecha acordos de cooperação com Procons municipais Agência firmou parcerias técnicas com Procons de Altamira (PA) e Campo Grande (MS), para fiscalização do abastecimento de combustíveis, georreferenciamento e intercâmbio de informações.
Brasil mais perto de um marco para as eólicas offshore O Ministério de Minas e Energia (MME) colocou em consulta duas portarias para regulamentar a cessão de áreas offshore para instalação de parques eólicos.
— Os textos são uma continuidade do decreto 10.946/2022, que deu o pontapé inicial no marco regulatório dessa nova indústria no Brasil. Veja como as novas regras foram recebidas pelo mercado
Tesla muda estratégia, de olho em incentivos fiscais nos EUA Empresa está pausando os planos de fabricar células de bateria na Alemanha e redirecionando o foco para o mercado interno, nos Estados Unidos.
Mira incentivos fiscais previstos na Lei de Redução da Inflação — sancionada por Joe Biden, em agosto, e que fornece créditos fiscais, desde que as células recarregáveis sejam fabricadas e embaladas nos EUA. Dow Jones
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