A Petrobras chegou a um acordo para transferir as ações da Gaspetro na Gasmar, distribuidora do Maranhão, para a Termogás. De acordo com comunicado feito nesta sexta (9), a operação pôs fim a um litígio judicial pendente com Termogás, atual controladora da Gasmar.
A Gaspetro deixará a sociedade e 23,5% do capital social total será transferido para a Termogás, atual controladora, com 51% da Gasmar. O governo do estado do Maranhão detém os 25,5% restantes.
O preço de aquisição da participação Gaspetro é de R$ 59,1 milhões. O fechamento do negócio depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
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Gaspetro está à venda
“A transação faz parte da estratégia de otimização do portfólio da Gaspetro, e está alinhada com o Termo de Compromisso de Cessação (TCC) para o mercado de gás natural assinado com o CADE, em julho de 2019, para promoção de concorrência deste setor no Brasil”, informou a Petrobras.
A Gaspetro é uma subsidiária controlada pela Petrobras (51%), em sociedade com a Mitsui (49%). No fim do ano passado, a companhia recebeu propostas da Compass Gás & Energia, Sobek Energia e do grupo GP Investimentos.
A participação da Compass chegou a ser questionada. A empresa é controlada pelo grupo Cosan, controlador da Comgás, maior distribuidora do país, com atuação em uma das áreas de concessão do estado de São Paulo.
Em 2015 a Petrobras vendeu 49% da Gaspetro para a Mitsui, que já era sócia em diversas distribuidoras. O grupo japonês tinha participação direta em oito distribuidoras locais, em Alagoas, Bahia, Ceará, Paraná, Pernambuco, Paraíba, Santa Catarina e Sergipe. Com a aquisição de 49% da Gaspetro, entrou em outras 11 distribuidoras.
Junto com a Petrobras, a Mitsui está em 18 dos 24 estados que possuem distribuidoras de gás e no Distrito Federal, por meio da Cebgás.
A Termogás está quatro estados, controlando distribuidoras, com diferentes sócios.
Além do Maranhão, com a Gaspetro e com o governo do estado; tem participação na Cebgás (Gaspetro e Companhia Energética de Brasília), no DF; na Goiasgás, com Gaspetro, governo estadual e diversos sócios; e na Gaspisa (Piauí, também com Gaspetro e governo estadual).
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