Petrobras abre licitação para nova unidade de hidrotratamento na Replan

Replan terá capacidade para produzir 10.000 m³/dia de Diesel S-10 e aumentar produção de QAV; operação deve iniciar em 2025

Obras IERN. Refinaria do Planalto - REPLAN. Paulínia (SP). 14.02.2012. Foto: Marcos Peron/virtualphoto.net
Obras IERN. Refinaria do Planalto - REPLAN. Paulínia (SP). 14.02.2012. Foto: Marcos Peron/virtualphoto.net

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (28) que abriu licitação internacional para a contratação, na modalidade EPC (engenharia, suprimento e construção), de uma nova unidade de hidrotratamento de diesel na Refinaria de Paulínia (Replan), que terá capacidade para produzir 10.000 m³/dia de Diesel S-10 e deve iniciar a operação em 2025.

A nova unidade também vai aumentar a produção de querosene de aviação (QAV), atendendo, de acordo com a empresa, as especificações, com menores impactos ao meio ambiente.

A Replan começou a operar em 1972 e tem capacidade para processamento de 434 mil bbl/dia. A unidade está situada na cidade de Paulínia-SP, a 118 km de São Paulo.

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Refot lançado em maio

A Petrobras lançou no último mês o Programa para ganho de eficiência no refino (RefTOP), que receberá aportes de US$ 300 milhões até 2025. O RefTOP será voltado às refinarias que ficarão no portfólio da Petrobras – RPBC, Reduc, Recap, Replan e Revap.

Com a concentração do parque de refino na região Sudeste, a estratégia é processar mais óleo do pré-sal e, segundo a Petrobras, aproveitar “vantagens competitivas e oportunidades de aumento da margem de refino”.

Objetivos são a produção de derivados de alto valor agregado, como diesel e propeno (matéria-prima petroquímica, além de aumentar o processamento de petróleos do pré-sal, para aumentar as margens de refino com produtos de maior valor agregado: bunker (combustível marítimo) e diesel S10, ambos com teor reduzido de enxofre.

Petrobras já vendeu uma refinaria

Também em maio, a  Petrobras anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos associados, na Bahia, para a Mubadala Capital pelo valor de US$ 1,65 bilhão. A venda foi aprovada recentemente pelo Cade e está sendo questionada pelo Sindipetro-Bahia.

A RLAM tem capacidade para processar 323 mil barris/dia, cerca de 14% da capacidade total de refino do país. Assim como outras unidades ofertadas, a venda inclui dutos e terminais.

Ao todo, a Petrobras pretende vender oito unidades – seis refinarias, a planta de lubrificantes do Ceará (Lubnor) e fábrica de processamento de xisto no Paraná (SIX). Expectativa é receber propostas este ano e concluir as operações em 2021.

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