A Petrobras afirmou nesta segunda (31/7) que a conjuntura internacional levou a “uma elevação dos preços de referência e da volatilidade” no mercado de combustíveis, segundo nota divulgada para imprensa.
“Em relação às notícias veiculadas na mídia, informa que tem observado com atenção os desdobramentos do mercado internacional de petróleo e seu impacto sobre o mercado brasileiro”.
A companhia não reajusta os preços do diesel A, entregue às distribuidoras, há 76 dias, quando foi feito um corte de 12,8%, em média, no combustível. Para a gasolina, os preços são os mesmos há 31 dias, após o corte de 5,3%.
Incerteza e demanda
“Destaca-se que o momento é de grande incerteza quanto à recuperação da economia global, o que influencia diretamente a demanda por energia, e quanto à oferta de petróleo e de combustíveis, de uma maneira geral”, diz a nota.
Segundo a empresa, “essa combinação, no curtíssimo prazo, levou a uma elevação dos preços de referência e da volatilidade. Ao mesmo tempo, observa-se um aumento do fluxo de combustíveis oriundos da Rússia para o Brasil“.
A nota não antecipa um reajuste, mas a companhia afirma que a mudanças nos preços é realizada “no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”
E “levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes”, segundo a estratégia comercial anunciada em maio, que marcou o fim oficial do preço de paridade de importação como meta para precificação do diesel e da gasolina.
A nota desta segunda (21/7) também diz respeito apenas a esses dois combustíveis. Outros derivados, como gás de cozinha – gás liquefeito de petróleo (GLP) – e combustível de aviação (QAV) são revisados mensalmente.
A nota da Petrobras, na íntegra:
“A Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia, informa que tem observado com atenção os desdobramentos do mercado internacional de petróleo e seu impacto sobre o mercado brasileiro.
A companhia reitera que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes.
Conforme divulgado em 16 de maio de 2023, a Estratégia Comercial de diesel e gasolina permite à Petrobras competir de forma mais eficiente, levando em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável.
Os reajustes continuam sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
Destaca-se que o momento é de grande incerteza quanto à recuperação da economia global, o que influencia diretamente a demanda por energia, e quanto à oferta de petróleo e de combustíveis, de uma maneira geral.
Essa combinação, no curtíssimo prazo, levou a uma elevação dos preços de referência e da volatilidade. Ao mesmo tempo, observa-se um aumento do fluxo de combustíveis oriundos da Rússia para o Brasil.
Nesse contexto, a Petrobras tem observado com atenção os desdobramentos dos fundamentos do mercado global, assim como seu impacto no Brasil. Eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independentes.
Fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado.”