Combustíveis e Bioenergia

Petrobras pode reajustar preços de combustíveis na próxima semana, diz Prates

Companhia vai discutir nova estratégia comercial; “semana que vem vamos falar sobre os preços”, disse.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (Foto: Petrobras/Divulgação)
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (Foto: Petrobras/Divulgação)

RIO — A Petrobras pode alterar os preços dos combustíveis vendidos nas refinarias às distribuidoras na próxima semana, afirmou o presidente da companhia, Jean Paul Prates, em entrevista coletiva na tarde desta sexta (12/5).

Segundo o executivo, a companhia vai discutir internamente a nova estratégia comercial para os preços na semana que vem.

“Não vou dar a data ainda, mas na semana que vem vamos falar sobre os preços”, disse.

Prates afirmou que um dos critérios a ser usado na definição da estratégia vai ser a relação entre a estabilidade e a volatilidade das cotações dos preços dos combustíveis, sem abandonar as referências internacionais.

“Vamos continuar seguindo a referência internacional, assim como a competitividade interna em cada mercado que participamos. Não vamos perder venda, nem deixar de ter o preço mais atrativo para nossos clientes”, disse Prates.

Na quarta (10/5), o G1 publicou que a Petrobras avalia cortes de 10 centavos no diesel e de 30 centavos na gasolina.

O executivo criticou a política de preços vigente até o momento, que considera as cotações internacionais do barril de petróleo e o câmbio. Para ele, essa política é uma “abdicação absoluta das vantagens nacionais”, como o parque de refino nacional, a estrutura de escoamento e a produção interna de petróleo.

Relação com a clientes no mercado de combustíveis

Prates criticou ainda a venda da BR Distribuidora, atual Vibra Energia. “Não temos mais contato com nossos clientes finais”, ressaltou.

Mais cedo, o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, reforçou a defesa que vem sendo feita pelo próprio Prates: não há justificativa na prática de preços benéficos para concorrentes.

A empresa assumirá uma postura “racional”, diz Schlosser. “Quando a Petrobras representar a melhor alternativa para o cliente e o cliente representar a melhor alternativa para a Petrobras, não vamos perder esse cliente”, concluiu.

LEIA MAIS