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Petrobras: novo plano de negócios dará uma "noção" sobre orçamento para aquisições, diz diretor

Sérgio Caetano Leite diz que estatal quer dar mais previsibilidade ao mercado sobre a estratégia de crescimento via fusões e aquisições

Petrobras: novo plano de negócios 2024-2028 dará uma "noção" sobre caixa para aquisições, diz Sergio Caetano Leite, Diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores (Foto: Cortesia Petrobras)
Sergio Caetano Leite, Diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores (Foto: Cortesia Petrobras)

RIO – A Petrobras pretende apresentar ao mercado, no novo plano de negócios 2024-2028, uma “noção” de orçamento para eventuais fusões e aquisições nos próximos anos, disse nesta sexta (10/11) o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sérgio Caetano Leite.

O diretor destacou que a companhia não vai detalhar, no plano, os ativos a serem comprados, devido a questões concorrenciais e acordos de confidencialidade, mas disse que a petroleira vai buscar dar mais previsibilidade sobre o assunto.

“Estamos fazendo esforços para dar uma noção, pelo menos os contornos gerais, de orçamento para fusões e aquisições em nosso plano”, afirmou o executivo, durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados financeiros do terceiro trimestre.

Relembre:

O planejamento quinquenal da empresa, segundo ele, está na “reta final” de elaboração. A previsão é que ele seja divulgado este mês. Será o primeiro da gestão Jean Paul Prates e do atual governo Lula.

Leite também lembrou que eventuais aquisições passam por cinco instâncias de aprovação dentro da companhia e garantiu que o atual processo de controles internos e externos para essas atividades será mantido.

Petrobras busca parcerias em projetos mais adiantados

A Petrobras estuda a entrada em projetos em operação, em construção e em desenvolvimento na área de geração de energias renováveis.

Segundo o diretor executivo de transição energética, Maurício Tolmasquim, a ideia da companhia é entrar em parcerias em projetos já existentes, para ter fluxo de caixa nesse segmento de forma mais rápida.

A petroleira, contudo, também avalia projetos em fase adiantada de desenvolvimento, prontos para entrar em construção, assim como aqueles que já estão com as obras em andamento.

“Nossa ideia é ter um equilíbrio”, explicou Tolmasquim.

Estatal quer sócios para ativos de óleo e gás

Para além da área de renováveis, a Petrobras também vai avaliar parcerias, para a entrada de sócios em ativos operados pela companhia no segmento de exploração e produção.

A gerente executiva de gestão de parcerias e processos de exploração e produção, Ana Paula Zettel, afirmou que essa possibilidade passa a ser considerada tendo em vista o encerramento dos processos de venda de ativos, como ocorreu com os polos de Bahia Terra, Urucu e Manati.

“Uma vez que esses ativos estão em nosso portfólio, vamos buscar fazer investimentos complementares para trazer mais valor para eles. Então parcerias não estão descartadas”, disse.