A Petrobras informou nesta sexta (19/5) que manterá a sonda e seus recursos mobilizados para a perfuração do FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas, até 29 de maio.
Nesse período de 10 dias, vai aguardar a análise do recurso à negativa do Ibama para a campanha de perfuração na nova fronteira em águas profundas, no Amapá.
A Petrobras gasta desde meados de dezembro R$ 3,4 milhões por dia com a sonda e recursos associados, o que representa uma despesa da ordem de R$ 600 milhões, até o momento. O valor foi publicado pelo Estadão e confirmado pela epbr.
O período compreende a mobilização feita para realização da APO (avaliação pré-operacional), a simulação de uma situação de emergência que a companhia pretendia realizar.
O Ibama entendeu que o projeto é inviável do ponto de vista ambiental e decidiu encerrar o licenciamento antes da APO.
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O Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou à Petrobras que mantivesse os esforços para licenciar o poço pioneiro no FZA-M-59. Ofício foi enviado pelo ministro Alexandre Silveira (PSD).
A companhia havia anunciado que recorreria da decisão do Ibama, mas que iria desmobilizar os recursos destinados à Foz do Amazonas para serviços no Sudeste.
“Com relação à possibilidade de manutenção por tempo adicional da sonda e dos recursos destinados à realização do poço em sua locação atual, a avaliação técnica da companhia conclui que é possível manter a sonda e seus recursos mobilizados até 29/05/2023”, diz a companhia hoje.
“(…) sem que a Petrobras incorra em custos adicionais àqueles que já vem sendo suportados em razão da inconclusividade do processo de licenciamento ambiental pelo IBAMA”, conclui.
Sem uma manifestação conclusiva do Ibama, que permita a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), “a Petrobras incorrerá em custos adicionais injustificados, que demandarão o direcionamento da sonda e demais recursos mobilizados na região do Bloco FZA-M- 59, para atividades da companhia nas bacias da região Sudeste”.
A sonda OND II foi contratada junto à Ocyan. A Petrobras também mobilizou embarcações de apoio e outros equipamentos e recursos. A decisão de antecipar gastos, mesmo sem a emissão da licença, foi tomada na gestão passada. As despesas se intensificaram no fim de 2022.