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Petrobras investirá US$ 5,2 bilhões em eólica e solar até 2028, mostra novo plano

Investimento é a principal mudança em relação ao planejamento anterior, que tinha metade da previsão atual (US$ 11,5 bi) para baixo carbono

Petrobras investirá US$ 5,2 bilhões em energia  eólica e solar até 2028, mostra novo plano de negócios. Na imagem: Turbinas eólicas fotografadas ao anoitecer, à contraluz, com sol se pondo ao fundo (Foto: Divulgação Petrobras)
Petrobras e WEG fazem parceria para desenvolver turbina eólica (Foto: Divulgação Petrobras)

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– Petrobras investirá US$ 5,2 bilhões em eólica e solar até 2028

ANP defende judicialização de regras estaduais para o gás natural

– Distribuidoras vão poder importar até 20% do biodiesel misturado ao diesel

Enel troca comando no Brasil menos de um mês após apagão em São Paulo

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A Petrobras aprovou nesta quinta-feira (23/11) seu plano estratégico para o período 2024-2028, com investimentos previstos de US$ 102 bilhões (R$ 500 bilhões) – um aumento de 31% em relação ao anterior.

– O E&P vai ficar com US$ 73 bilhões, seguido por Refino (US$ 17 bilhões) e Gás e Energia (US$ 3 bilhões).

– A principal mudança em relação ao plano anterior é o investimento de US$ 5,2 bilhões em geração eólica e solar. É parte do aumento dos aportes em projetos de baixo carbono, que vão receber US$ 11,5 bilhões, o dobro do planejamento antigo.

– As iniciativas de descarbonização, comandadas pelo diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, terão mais dinheiro do que a exploração de óleo e gás, contemplada com US$ 7,5 bilhões. E a expansão da oferta de gás natural, que vai receber US$ 7 bilhões.

– A estatal adiou em um ano a previsão de entrada em operação do projeto de produção de gás Sergipe Águas Profundas (SEAP), para 2028, e seu gasoduto, com capacidade de 18 MMm³/dia, para 2029. Sergipe fez pressão nas últimas semanas, temendo o adiamento para 2031.

– O gasoduto Rota 3, de 18 MMm³/dia, está previsto para 2024, e o do Projeto Raia (BMC-33), com 16 MMm³/dia, para 2028.

– O plano inclui também o retorno ao segmento de fertilizantes, com a retomada da operação da Araucária Nitrogenados (ANSA), no Paraná, e a conclusão das obras da UFN 3, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Uma demanda da Coalizão pela Competitividade Gás Natural.

– Na Produção, o único projeto novo, em relação ao plano anterior, é a revitalização de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos, que prevê a instalação de um FPSO com capacidade para 100 mil barris/dia em 2028.

– Nesta sexta-feira (24/11), a companhia vai detalhar os projetos do plano estratégico.

Gás no STF. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reafirmou sua posição favorável a questionar, no Supremo Tribunal Federal (STF), leis e decretos estaduais que entrem em conflito com a competência da União prevista na Nova Lei do Gás.

– Segundo a agência, normas do mercado de gás natural dos estados de São Paulo, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Maranhão devem ser judicializadas.

Transporte de gás simplificado. A diretoria da ANP aprovou novas regras de contratação de capacidade dos gasodutos de transporte. A grande novidade é a adoção de um procedimento simplificado para a contratação de capacidade existente, sem necessidade de realização de chamadas públicas.

Importação de biodiesel. As distribuidoras poderão importar até 20% do biodiesel necessário para cumprir a mistura obrigatória de 12% no óleo diesel. É o que determina a nova regulamentação aprovada pela ANP.

– A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) criticou a decisão da ANP e disse que “coloca em risco toda a estratégia” de desenvolvimento do setor.

ICMS dos combustíveis. O governo federal abriu crédito de R$ 15 bilhões no Orçamento para compensar os estados pelas perdas com a Lei Complementar 194/2022, que limitou a 17% ou 18% a alíquota do ICMS cobrada sobre combustíveis e outros produtos considerados essenciais.

Petróleo continua caindo. O preço do petróleo estendeu as perdas ainda em reação às dúvidas levantadas após o adiamento da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

– O WTI para janeiro de 2024 operava em queda de 1%, a US$ 76,33 o barril, enquanto o Brent para fevereiro, fechou em queda de 0,77%, a US$ 81,25 o barril.

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Transição é oportunidade. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a transição energética como uma das prioridades do mandato do Brasil na presidência do G20.

– Durante reunião para instalação da Comissão Nacional do G20, em Brasília, ele disse que é uma oportunidade para “fazer com que esse país se transforme num país definitivamente desenvolvido”.

ANP estuda CCUS. A diretoria da ANP fará um estudo regulatório sobre a atividade de captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS). O estudo tem prazo de 120 dias e vai mapear as áreas técnicas e regulações da ANP envolvidas para identificar a necessidade de alterações ou novos dispositivos.

Enel troca comando no Brasil. Nicola Cotugno deixou o comando da Enel Brasil nesta quinta-feira (23/11). Ele será substituído por Antonio Scala, que trabalha na empresa há 18 anos.

– Cotugno pediu para se aposentar em outubro, mas adiou a saída após o apagão em São Paulo deixar mais de 2 milhões de residências sem luz na capital e desencadear reações em série contra a empresa, incluindo multa e CPI.

Amapá sem reajuste. Uma decisão liminar impediu o aumento de 44,41% na tarifa energética no Amapá. A decisão judicial é uma resposta a ação popular de autoria do senador Randolfe Rodrigues e mais quatro deputados federais. O custo pode acabar sendo absorvido pelos consumidores de outros estados ou pelo governo federal.

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