A Petrobras decidiu desclassificar a Golar Power Comercializadora da licitação para o arrendamento do Terminal de GNL da Bahia por conta de alto Grau de Risco de Integridade (GRI). A decisão foi tomada depois que o presidente licenciado da empresa no Brasil, Eduardo Antonello, virou alvo da operação Lava Jato por conta de sua atuação na Seadrill, empresa que afreta sondas para perfuração em águas profundas para a Petrobras.
Eduardo Antonello se afastou do cargo para cuidar da defesa, mas a medida não foi suficiente para que a análise de risco da Petrobras.
“No âmbito das etapas de (i) verificação de efetividade, com vistas a garantir o alinhamento com os requisitos do Edital; e (ii) habilitação, foram verificados os requisitos de integridade/conformidade, tendo sido atribuído Grau de Risco de Integridade (GRI) alto para a empresa Golar Power Comercializador de Gás Natural LTDA, implicando sua desclassificação do certame com base nos itens 5.1.1 e 10.6.4 do Edital”, informou a Petrobras em nota à imprensa.
A concorrência está agora em fase de recurso, já que a BP Energy pediu adiamento da abertura das propostas e a Golar recorre da sua desclassificação por conta da análise de risco. Se não conseguir receber uma proposta válida, a Petrobras vai licitar o arrendamento do terminal novamente.
Conforme antecipado aos assinantes do político epbr, além da Golar Power, a BP Energy apresentou uma proposta indicativa e não vinculante, e registrou pedido de postergação da licitação. A empresa acabou não assinando a declaração de atendimento aos requisitos do edital e sua proposta comercial não foi recebida pela estatal.
A Compass, comercializadora do Cosan, também compareceu a cerimônia de entrega das propostas, mas acabou declinando de disputar a concorrência.
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TR-BA tem capacidade para 20 milhões de m³/dia
Iniciado em dezembro de 2019, o arrendamento do Terminal de GNL da Bahia faz parte do acordo firmado com o Cade (o TCC) que prevê a saída da Petrobras de diversos elos do mercado de gás, como transporte e distribuição.
O Terminal da Bahia (TR-BA) pode regaseificar até 20 milhões de m³/dia de GNL. Consiste em um píer tipo ilha equipado para a atracação de um FRSU (Floating Storage and Regasification Unit), que é a unidade flutuante de regaseificação, e um navio supridor do qual é feita a transferência do GNL – o FSRU não faz parte do processo de arrendamento do TR-BA e uma unidade precisará ser afretada pelo novo operador.
O gasoduto integrante do terminal possui 45 km de extensão, o, interligando o TR-BA a dois pontos de entrega: a Estação Redutora de Pressão de São Francisco do Conde (ERP SFC) e a Estação de Controle de Vazão de São Sebastião do Passé (ECV SSP).
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