Petrobras corta até US$ 24 bilhões em investimento em E&P

Foto: Valéria Gonçalvez / Agência Petrobras
Foto: Valéria Gonçalvez / Agência Petrobras

A Petrobras anunciou nesta segunda (14) um corte de até US$ 24 bilhões em seu investimento programado para a área de exploração e produção (E&P) entre 2021 e 2025. A decisão faz parte da revisão do portfólio do segmento frente à crise provocada pela covid-19.

A empresa está estimando investimentos (capex) de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões para o período entre 2021 2025, ante US$ 64 bilhões anunciados no Plano Estratégico de 2020-2024.

Planejamento foi impacto pela desvalorização do real, a redução otimização dos investimentos exploratórios, aportes evitados com a venda de ativos e a revisão da carteira de projetos.

A empresa decidiu colocar novos projetos à venda, sem anunciar quais. E concentrar ainda mais sua atividade no projeto de Búzios e nos ativos do pré-sal, que vão demandar 71% do total que será investido pela empresa entre 2021 e 2025.

“Os investimentos nesses ativos de classe mundial, nos quais somos o dono natural, estão em linha com nossos pilares estratégicos, sendo resilientes a preços mais baixos de óleo”, comenta a empresa em nota.

O impacto na produção e o cronograma dos projetos será anunciado no Petrobras Day 2020, previsto para o final de novembro, quando também será apresentado o Plano Estratégico de 2021-2025.

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Búzios

O campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, será a grande aposta da Petrobras até 2030. É o maior do país e deve produzir mais de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no pico. Atualmente, produz por meio de quatro FPSOs próprios da Petrobras, as plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77.

Em junho do ano passado, a Petrobras confirmou que assinou a carta de intenção com a para construção, operação e afretamento do FPSO Búzios 5. O início da produção está previsto para 2022.

Esse FPSO terá capacidade para até 150 mil barris/dia de petróleo e 6 milhões de m³/dia de gás, conectado a 15 poços de produção e injeção. O contrato terá validade de 21 anos e a unidade será de propriedade da Modec.

Novas plataformas

Em julho, a anunciou a contratação de três novas plataformas do tipo para o campo. Duas plataformas serão próprias, os FPSOs P-78 e P-79, estão em licitação, e uma terceira será afretada.

A primeira contratação será do FPSO Almirante Tamandaré, que será afretado para iniciar a operação no segundo semestre de 2024. A unidade terá capacidade para produzir de  225 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás e será a maior do país.

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