A SBM Offshore divulgou nesta terça-feira, 11, que assinou carta de intenção com a Petrobras construção e afretamento do FPSO Mero 2, que será instalado no campo de partilha da produção de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. O contrato terá validade por 22,5 anos e o navio-plataforma capacidade para produzir 180 mil barris por dia de petróleo e comprimir 12 milhões de m3 por dia de gás natural.
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Este é o primeiro contrato vencido pela SBM Offshore no país depois do acordo de leniência firmado com Ministério da Transparência (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU) em julho do ano passado. É também o primeiro contrato da empresa sob o comando de Eduardo Chamusca, que retornou ao Brasil depois de uma temporada comandando a companhia em Angola com a missão de conseguir o acordo de leniência com o MPF e colocar a empresa de volta nas licitações da Petrobras.
“Vemos isso como o início de uma nova fase de crescimento em um dos mercados domésticos da SBM Offshore, apoiado por cerca de um terço da mão de obra global da SBM Offshore no Brasil. O FPSO Mero 2 representa uma nova geração de FPSOs complexos do pré-sal e, como tal, está ampliando nossa significativa base de experiência e histórico no país, comentou Chamusca”.
O FPSO contratado com a SBM Offshore tem previsão de começar a produzir em 2022. “Com esta assinatura, completamos a contratação do arranjo de produção previsto para o campo de Mero no Plano de Negócios e Gestão 2019-2023. Ao final do período do plano, teremos dois sistemas de produção definitivos operando, que poderão somar até 360 mil barris petróleo por dia à capacidade de produção operada pela Petrobras. Com as informações já obtidas nos testes em realização, confirmamos o elevado potencial de produção do campo de Mero, que tem reserva estimada entre 3 e 4 bilhões de barris”, disse Carlos Alberto Pereira de Oliveira, diretor executivo de Exploração e Produção da Petrobras.
O primeiro FPSO definitivo de Mero foi contrato com a Modec e deve começar a produzir em 2021. Com a contratação da segunda unidade definitiva com a SBM Offshore, a Petrobras e seus sócios ainda têm duas unidades para contratar. A expectativa é que a concorrência para Mero 3 saia no segundo semestre deste ano e Mero 4 seis meses após a abertura da concorrência de Mero 3, por tanto, no primeiro semestre de 2020, contou o gerente-executivo de Libra, Fernando Borges, na Arena ONIP da OTC, em maio.
A Petrobras declarou em dezembro de 2017 a comercialidade do campo de Mero, no bloco de Libra, primeira área da partilha da produção do pré-sal do país. Mero, que é uma parceria entre a estatal brasileira, Shell, Total, CNPC e CNOOC, e tem o contrato gerido pela PPSA, tem 3,3 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo + gás) em volume recuperável.