RIO – A Petrobras informou nesta terça (26/12) que a Carmo Energy e sua controladora Cobra Instalaciones y Servicios não honraram o pagamento de US$ 296 milhões previsto no contrato de venda do Polo Carmópolis (SE) e que “adotará as medidas contratuais e legais cabíveis para a cobrança dos valores devidos”.
A Carmo Energy comprou o ativo em dezembro de 2021, por US$ 1,1 bilhão. De acordo com a Petrobras, US$ 275 milhões foram pagos, a título de sinal, na ocasião; e outros US$ 548 milhões foram pagos em dezembro do ano passado, data de fechamento da transação.
Ainda segundo a estatal, US$ 296 milhões deveriam ter sido pagos em 20 de dezembro deste ano, já considerados os ajustes devidos. A Cobra Instalaciones y Servicios é garantidora da Carmo Energy na operação.
O Polo Carmópolis envolve um conjunto de 11 concessões de campos terrestres de produção de óleo e gás, com instalações integradas, localizadas no estado de Sergipe.
A Carmo Energy produz, na média do ano, cerca de 6 mil barris/dia de petróleo no polo, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Carmópolis fez parte do programa de desinvestimentos executado pela Petrobras durante o governo de Jair Bolsonaro.
Este ano, sob a gestão de Jean Paul Partes, no governo de Lula, a estatal recuou da venda de alguns de seus ativos.
A companhia manteve, contudo, algumas alienações. Na semana passada, a Petrobras anunciou a venda dos campos de Uruguá e Tambaú, em águas profundas no pós-sal, localizados na Bacia de Santos, para a Enauta.
A estatal afirmou que a decisão é resultado “de um processo de gestão ativa do portfólio”.