A Petrobras decidiu instalar a plataforma P-71 no campo de Itapu, na cessão onerosa, levando ao cancelamento da licitação aberta para o afretamento de uma unidade nova. A P-71 seria utilizada originalmente no campo de Lula (renomeado para Tupi).
Nesta terça (27), a empresa informou que assinou um compromisso de compra com os sócios no contrato BM-S-11, do campo de Lula, para a P-71. O consórcio é operado pela Petrobras, com 65%, ao lado de Shell (25%) e Petrogal (10%).
Com a mudança, a companhia vai antecipar a produção em Itapu e adiar a entrada de uma plataforma no campo de Lula, que terá seu plano de desenvolvimento revisado junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2021.
O desembolso da Petrobras estimado na transação será de US$ 353 milhões, correspondente à parcela dos sócios na P-71, informou a empresa. A P-71 está em fase final de construção no estaleiro Jurong, no Espírito Santo, e terá capacidade de produção de 150 mil barris/dia.
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“Após o leilão do excedente da cessão onerosa ocorrido em novembro de 2019, os direitos de produção do campo de Itapu passaram a ser detidos integralmente pela Petrobras e a alocação do FPSO P-71 no campo permitirá a antecipação do seu primeiro óleo em cerca de um ano”, diz a Petrobras.
No leilão de 2019, a Petrobras contratou pelo regime de partilha 100% dos volumes excedentes de Itapu e 90% de Búzios, principal campo em desenvolvimento no país, que concentrará a maior parte dos investimentos da companhia em novas plataformas, incluindo próprias e afretadas. Lula, renomeado recentemente para Tupi por decisão da Justiça, produz pelo regime de concessão.
“Tal iniciativa busca implantar projetos complementares de desenvolvimento da produção resilientes a baixos preços de petróleo, permitindo aumentar ainda mais o fator de recuperação do campo [de Lula], que é atualmente o maior produtor mundial em águas profundas e cuja produção acumulada já ultrapassou 2 bilhões de boe”.
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