Energia solar

Pernambuco anuncia R$ 210 milhões para licitação de usina solar

Governo estima economia de R$ 62,3 milhões ao longo de 28 anos do contrato de concessão

Pernambuco anuncia R$ 210 milhões para licitação de usina solar. Na imagem, palácio do Campo das Princesas, sede do governo executivo de Pernambuco (Foto: Raul Buarque/SEI-PE)
Palácio do Campo das Princesas, sede do governo executivo de Pernambuco (Foto: Raul Buarque/SEI-PE)

RECIFE — O Governo de Pernambuco lançou, por meio do Programa de Parcerias Estratégicas (PPPE), o edital de licitação para a construção, operação e manutenção de uma usina de geração de energia solar fotovoltaica. Serão destinados aproximadamente R$ 210 milhões na implantação da usina e reinvestimentos em equipamentos durante o contrato.

De acordo com o executivo estadual, a estimativa é de uma economia de R$ 62,3 milhões para Pernambuco ao longo de 28 anos do contrato de concessão. Ao final desse período, a usina será revertida para o poder público.

A concessão prevê ainda que 52 unidades consumidoras do Grupo A (alta tensão) da administração pública do estado recebam a energia solar produzida pela usina. Dentre os órgãos, estão sedes das secretarias estaduais e unidades da administração indireta, como Detran, Hemope e Agência de Tecnologia da Informação (ATI). O prazo para construção do projeto é de 36 meses após assinatura do contrato.

O modelo de contratação será uma concessão patrocinada, em que um ente privado será responsável por construir, operar e manter a usina de geração de energia renovável fotovoltaica, além de gerir unidades consumidoras do estado de Pernambuco no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Até o sétimo mês de assinatura do contrato, as unidades consumidoras serão migradas para o ambiente de contratação livre e receberão energia da concessionária, através de contrato de fornecimento no ACL.

Prefeituras apostam em GD

A implementação de painéis solares em edifícios públicos para geração próxima ao consumo (geração distribuída) tem sido frequente nas gestões municipais das diversas regiões do estado, em iniciativas para reduzir gastos com energia.

Desde 2019, a prefeitura de Caruaru, no Agreste, utiliza energia solar em quatro prédios públicos, sendo dois deles escolas municipais. Já em 2021, a prefeitura iniciou a instalação de luminárias de LED com geração fotovoltaica nas ruas da cidade, que substituíram as lâmpadas convencionais.

No mesmo ano, a sede da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes passou a contar com uma usina solar fotovoltaica equipada com 221 painéis solares com capacidade de produzir, em média, 120 megawatt-hora (MWh) por ano com uma potência de 75,1 quilowatt-pico (kWp).

A capital pernambucana não ficou atrás. A iniciativa começou pelo Hospital da Mulher do Recife (HMR), em agosto passado, com a inauguração de uma usina solar fotovoltaica. Com a aplicação de 728 módulos de 440 kWp na cobertura do centro hospitalar, a prefeitura estima que a unidade de saúde produza cerca de 40 GWh/mês.

Além da unidade de saúde, foi anunciada a seleção de 20 escolas do Recife para receberem geradores de energia fotovoltaica. A gestão municipal também planeja estender a aplicação dos painéis solares para toda a rede de ensino da cidade em até quatro anos.

As ações fazem parte do projeto Recife Cidade da Eficiência Energética (RCEE), com orçamento previsto de R$ 90 milhões para instalação de painéis solares fotovoltaicos em equipamentos públicos nas áreas de saúde, educação, esporte e no edifício-sede da Prefeitura.