BRUXELAS — A União Europeia está finalizando uma lei para fixar a meta de obter 42,5% da energia do bloco de fontes renováveis até 2030.
A UE e seus Estados membros estão se esforçando para descarbonizar suas economias para enfrentar as mudanças climáticas e garantir a segurança do abastecimento, desenvolvendo uma indústria verde europeia para evitar a dependência de energia de qualquer país, como a Rússia.
A lei final, que os diplomatas dos países da UE revisarão na quarta-feira (17/5), confirma um acordo político alcançado com o Parlamento Europeu no final de março.
O texto final ainda precisa da aprovação formal dos países da UE e do Parlamento Europeu – um passo que geralmente é uma formalidade que aprova o acordo sem alterações.
A meta atual da UE é ter uma participação de 32% de energia renovável até 2030. A nova lei estabelece uma nova meta vinculante de 42,5% e diz que os estados-membros devem almejar 45%.
No setor de transportes, a lei exigiria que os estados-membros alcançassem pelo menos uma participação de 29% de energias renováveis ou reduzissem a intensidade dos gases de efeito estufa do seu setor de transportes em pelo menos 13%.
Para a indústria, os Estados da UE precisarão aumentar o uso de energia renovável em 1,6% ao ano. Até 2030, 42% do hidrogênio usado em processos industriais deve ser derivado de energia renovável, aumentando para 60% até 2035.
As negociações foram tensas após uma pressão francesa para permitir que o hidrogênio produzido por nuclear fosse incluído.
Na versão final, a UE concordou que os países podem reduzir suas metas de combustíveis renováveis para a indústria em 20%, se menos de 23% do seu hidrogênio for produzido usando combustíveis fósseis em 2030 – uma medida que dá um impulso aos países que usam energia nuclear para eliminar os combustíveis fósseis da sua matriz energética.
(Reportagem de Julia Payne; Edição de Angus MacSwan)