Biocombustíveis

Orizon e Urca se unem para investir em plantas de biometano no Rio de Janeiro

Empresas submetem ao Cade acordo para investimentos conjuntos nos aterros de São Gonçalo e Nova Iguaçu

Orizon VR e grupo Urca, que controla a Gás Verde, se unem para investir em plantas de biometano na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Na imagem: Caminhão em operação da Gás Verde em Seropédica, no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
Operação da Gás Verde em Seropédica, no Rio (Foto: Divulgação)

RIO – A Orizon Valorização de Resíduos e o grupo Urca, que controla a Gás Verde, vão formar duas sociedades para investimentos na produção de biometano na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A parceria prevê uma produção inicial estimada de 180 mil m3/dia nos aterros de Nova Iguaçu e São Gonçalo.

A Orizon informou, nesta segunda (4/3), que o acordo já foi submetido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo a Orizon, as sociedades estão em fase avançada de discussão.

Pelos termos da negociação, a Orizon Energia e Gás Renovável Limitada (BioE), controlada pela Orizon VR, deterá 50% das sociedades; e a GN Verde, holding não-operacional da Urca Comercializadora, a outra metade.

Gás Verde buscava capital para expansão

A parceria está em linha com os planos da Gás Verde de buscar investidores para ajudar a bancar seu plano de expansão, que ficou mais robusto em 2023, com a compra da ENC Energy.

Com a aquisição, a Gás Verde incorporou ao seu portfólio oito térmicas a biogás, numa operação da ordem de R$ 600 milhões (incluindo investimentos) que se somou aos planos já em curso da empresa de converter as plantas as termelétricas a biogás de São Gonçalo e Nova Iguaçu em plantas de produção de biometano.

Já a Orizon amplia sua carteira de ativos de biometano e diversifica sua base parceiros estratégicos.

Em 2023, a companhia já havia formado uma joint venture com a Compass, do grupo Cosan, para a construção de uma planta de biometano no aterro de Paulínia (SP).

A unidade terá uma capacidade inicial para produzir 180 mil m3/dia, a partir de 2025, mas poderá alcançar até 300 mil m3/dia no futuro.