MACEIÓ – A Origem Energia planeja, para 2024, a ampliação da capacidade da unidade de processamento (UPGN) de Pilar (AL), disse o presidente da companhia, Luiz Felipe Coutinho, em entrevista exclusiva ao estúdio epbr, na Onshore Week.
A UPGN de Pilar possui capacidade de 1,8 milhão de m3/dia.
“Estamos chegando no limite da nossa UPGN e temos, no plano de negócios para o ano que vem, a ampliação da UPGN, porque ainda temos um ramp up [curva de crescimento] a acontecer em Alagoas”, disse.
Assista na íntegra a entrevista exclusiva de Luiz Felipe Coutinho ao estúdio epbr na Onshore Week 2023, conferência que acontece até quinta (13/4), em Maceió (AL), com realização da Onip.
O executivo conta que o gás próprio, da companhia, é suficiente para sustentar o crescimento da demanda local, em Alagoas, mas que a empresa vê espaço para atrair, para sua infraestrutura, gás de outros produtores.
“Temos o desejo, sim, de também trazer para os estados de Alagoas e Sergipe soluções que permitam o crescimento também com produções de terceiros. O gás não é apenas função econômica de seu preço, mas é função econômica de sua flexibilidade. Com as soluções de infraestrutura que detemos podemos fomentar o crescimento do mercado através da infraestrutura associada à molécula da Origem e a molécula proveniente de outros lugares”, comentou.
Coutinho defende marcos estaduais mais modernos
O CEO da Origem conta que o gás da companhia, a preços competitivos, tem potencial para atrair indústrias para Alagoas, mas que as legislações estaduais para o gás precisam avançar, em paralelo, para garantir a atratividade de suas respectivas economias locais.
“Um passo importante é que estados que se modernizarem em seu arcabouço regulatório terão vantagem para atratividade de indústrias que se beneficiam de uma energia barata”, afirmou.
Alagoas, por exemplo, discute uma nova lei do gás.
Coutinho destaca que o microambiente dos estados é onde acontece a comercialização de gás, mas as regulações locais ainda carregam, muitas vezes, uma “herança de modelo regulatório e contratual da época do monopólio”.
Na avaliação dele, se os estados conseguirem “aparar arestas” de seus marcos, a melhoria do ambiente regulatório pode favorecer a atração de novas indústrias – revertendo o modelo punitivo da indústria de gás no país em relação aos estados produtores.
“Historicamente no Brasil, a molécula se desloca para onde a indústria está e não a indústria se desloca para onde a molécula é produzida, com é na maior parte do mundo”, lembrou.