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Origem e TAG avaliam parceria em projeto de estocagem de gás de US$ 200 milhões

Empresas assinam acordo não-vinculante para desenvolvimento de um projeto em Alagoas

Operações da Origem Energia no Polo Alagoas, de produção de petróleo e gás natural (Foto: Divulgação)
Operações da Origem Energia no Polo Alagoas, de produção de petróleo e gás natural (Foto: Divulgação)

RIO – A Origem Energia e a Transportadora Associada de Gás (TAG) assinaram um acordo não-vinculante para uma parceria no desenvolvimento de um projeto de estocagem de gás natural em Alagoas.

Ao todo, as empresas estudam investir US$ 200 milhões no projeto, a ser desenvolvido no campo de Pilar, operado pela Origem. Os aportes, caso a parceria avance, serão divididos meio a meio. 

A capacidade inicial de estocagem prevista é de 106 milhões de m³/ano, mas pode chegar no longo prazo a 500 milhões de m³/ano. 

Em abril de 2023, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou o novo plano de desenvolvimento do campo de Pilar, com a inclusão do projeto de estocagem subterrânea de gás natural no campo – a autorização efetiva do regulador para a prestação do serviço de armazenamento segue pendente.

Na ocasião, a concessão de Pilar foi prorrogada até 2052, com alíquotas de royalties sobre a produção incremental reduzidas.

Para desenvolver o projeto de estocagem, a intenção da Origem é aproveitar os reservatórios depletados e a infraestrutura já existente de Pilar – como a rede de compressão e as linhas de reinjeção – e mira a demanda por flexibilidade no fornecimento de gás.

Em 2023, o presidente da TAG, Gustavo Labanca, já havia antecipado ao estúdio epbr que a transportadora analisava investimentos em estocagem de gás no Brasil e que olhava para alguns potencias parceiros

A TAG se vê como investidor e, ao mesmo tempo, cliente do serviço de estocagem, já que o serviço traz flexibilidade para a gestão do balanceamento da malha de gasodutos.

Dentre os potenciais clientes do serviço, na visão da companhia, estão tanto os produtores de gás – especialmente do pré-sal, onde a maior parte do gás natural é associada ao óleo – e termelétricas a gás, dada a flexibilidade do despacho das usinas.

Além da Origem e da TAG, outras empresas se movimentam no mercado, de olho em oportunidades no negócio de estocagem de gás.

A Eneva, por exemplo, estreou no ano passado, operações de um novo serviço de estocagem de gás natural liquefeito (GNL) para terceiros, no terminal de regaseificação de Sergipe. O primeiro cliente foi a Qatar Energy.

E a Gas Bridge Storage (GBS), por sua vez, concluiu em novembro de 2023 a aquisição da fatia de 10% da PRIO no campo de Manati, no litoral da Bahia. A empresa mira oportunidades futuras de conversão do campo, no fim de sua vida útil, num negócio de armazenamento de gás.