Mercado de gás

“Onshore é esperança de gás mais barato”, diz Marcos Frederico, da EPE

Superintendente de Petróleo e Gás Natural da EPE disse que a produção em terra pode ajudar a entregar um gás mais barato

ARACAJU – O superintendente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Marcos Frederico, reforçou a necessidade do aumento da oferta de gás natural para o mercado consumidor e apontou o gás onshore como “esperança de um gás adequado e barato”. Frederico participou da Sergipe Oil & Gas 2024 e falou ao estúdio Abpip, nesta quinta (25/7).

Ele também falou da importância dos pequenos produtores para o desenvolvimento regional e como a abertura do mercado beneficiou esse processo.

“A gente via a necessidade de passar os ativos para outros níveis de produção, que são interessantes para todo mundo. Hoje, temos o exemplo de Mandacaru, que trabalha com um volume pequeno e é muito importante”, afirmou.

Para o representante da EPE, o gás onshore traz oportunidades com potencial para transformar a vida local, nas regiões onde é explorado. Também possibilita a interiorização do energético, mesmo que paulatinamente, implementando soluções que seriam entregues a médio prazo, como corredores azuis, até a implantação de gasoduto fazendo a ligação Pará – Santo Antônio – Ceará até o litoral do Piauí.

Dentre as vantagens da exploração por pequenos produtores, Frederico cita a agilidade e competência para lidar com pequenos volumes.

“Existem campos hoje com 12 pessoas cuidando, e a gente sabe que não existe um volume baixo de investimento. Mesmo que seja pequeno, o volume de recursos é significativo. A monetização é fundamental”, disse.

Marcos Frederico também cita o exemplo da interligação do terminal de GNL da Eneva à malha da TAG como uma realização importante, dada a capilaridade que Sergipe tem com players privados.

“A expectativa do mercado é muito grande, a dos pequenos [produtores] são maiores ainda. Já houve uma série de desentraves, mas ainda temos problemas com a monetização. A gente vê em Sergipe uma legislação que está bem à frente e torce para que outros modelos estaduais consigam se adequar”.

O superintendente também defende o avanço das discussões para permitir o desenvolvimento das atividades na Margem Equatorial e o avanço da exploração não-convencional.

Veja a entrevista completa.

Assista a cobertura completa do estúdio Abpip na Sergipe Oil & Gas