RIO — A OnCorp tem planos de instalar um novo terminal de gás natural liquefeito (GNL) no Porto do Pecém. A expectativa é que um memorando de entendimento com o governo do Ceará seja firmado ainda este mês, sobre o assunto.
Segundo duas fontes, a companhia abriu negociações com a Shell, para fechar uma parceria nos moldes do acordo que as duas empresas têm para instalação de um terminal em Suape (PE): isto é, a petroleira entra com o fornecimento do GNL e a OnCorp com a infraestrutura de regaseificação.
As conversas, no entanto, ainda estão em estágio embrionário.
A Shell já tem contrato com o consórcio Portocem, liderado pela Ceiba Energy, para fornecimento de GNL à termelétrica de 1,6 GW que está sendo instalada em Pecém. A usina está prevista para operar em 2025.
A OnCorp quer se posicionar como uma solução para a construção e operação do terminal associado à térmica.
A empresa quer tomar uma decisão sobre o investimento em até 60 dias e conversa com o CIPP, operador do Porto do Pecém, para análise das condições técnicas do terminal — projetado com capacidade de 13 milhões de m³/dia.
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A Petrobras já possui um terminal — menor, com capacidade para 7 milhões de m³/dia — no local, mas o contrato de exclusividade com Pecém, para operação do píer 2 do porto, se encerra em meados de 2023.
Ainda não está clara qual será a posição da estatal. Segundo fontes, a OnCorp acredita ser possível reaproveitar parte da estrutura existente. O terminal de regaseificação de Pecém foi o primeiro do tipo a ser construído no Brasil.