Oferta em três bacias para pequenas e médias petroleiras

A oferta de áreas exploratórias nas bacias maduras de Sergipe-Alagoas, Potiguar e Recôncavo deve atrair pequenas e médias produtores onshore no 1º ciclo da oferta permanente da ANP, que tem leilão agendado para 10 de setembro. São, ao todo, 232 blocos exploratórios nas três bacias e mais 14 áreas com acumulações marginais nos estados, além do Espírito Santo. 

A oferta dessas áreas é um movimento casado com o desinvestimento da Petrobras e com o Programa de Revitalização das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate 2020), que será lançado oficialmente pelo Ministério de Minas e Energia (MME) no próximo dia 22 de agosto 

A Petrobras anunciou este mês que vendeu  por US$ 191,1 milhões sete campos que fazem parte do Polo Macau, na Bacia Potiguar, para 3R Petroleum. O Polo Macau engloba os campos de Aratum, Macau, Serra, Salina Cristal, Lagoa Aroeira, Porto Carão e Sanhaçu.

Em abril, depois de três licitações — e a desclassificação da 3R Petroleum –, a Petrobras fechou com a PetroRecôncavo a venda por US$ 384,2 milhões de 34 campos terrestres no Polo Riacho da Forquilha, na Bacia Potiguar, no entorno da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. 

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O presidente da PetroRecôncavo, Marcelo Magalhães, afirmou na época, em entrevista exclusiva à epbr, que entende que a aquisição do Polo de Riacho da Forquilha, é um caminho para ser trilhado pelas demais empresas que disputam venda de campos maduros da Petrobras.

O Reate 2020 terá cinco frentes de atuação para tentar destravar a produção de petróleo em terra. Atenção especial será dada para elaboração de subsídios técnicos para fomentar a exploração e produção de gás natural em terra, incluindo tight e shale gas. 

++ 1º ciclo da oferta permanente tem 273 blocos exploratórios
++ Bacia de Campos pode atrair independentes

Projetos exploratórios em bacias maduras têm atraída empresas como a Geopark, Imetame, Alvopetro, Great Energy, Guindastes Brasil, Petrosynergy e Vipetro, todas inscritas na oferta permanente. 

Na Bacia do Recôncavo, onde serão ofertados 51 blocos exploratórios, há projetos margeando ativos exploratórios de empresas como Alvopetro,  Imetame, Geopark, Great Oil e Petroil. 

A Alvopetro conseguiu em junho autorização da ANP para construir o gasoduto que vai conectar o campo de Caburé, em Camaçari (BA), e permitir o transporte de gás natural para a Bahiagás, distribuidora do estado. O projeto já conta com licenciamento ambiental para início das obras.

O projeto da Alvopetro prevê a produção de gás dos campos de Cardeal do Nordeste, Caburé, Caburé Leste e uma extensão do reservatório no bloco REC-T-212, todos na Bacia do Recôncavo. A empresa tem direito a uma parcela do gás a partir de um acordo de individualização da produção com a Imetame, que também desenvolve um projeto na região.

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Em fevereiro de 2018, a Imetame fechou a aquisição da participação de 30,65% da Orteng Óleo e Gás nos campos de Cardeal Amarelo e Cardeal Nordeste, ambos na Bacia do Recôncavo. Com a negociação, que ainda depende de aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Imetame passa a ter 100% das duas áreas.

Os dois campos serão fornecedores de gás natural para a térmica Prosperidade I, com capacidade para produzir 28 MW e que está instalada na cidade de Camaçari, na Bahia. Este será o primeiro projeto de gas to wire na Bahia.

Geopark e Imetame também estão rodeadas de áreas que serão ofertadas pela ANP durante o leilão na Bacia Potiguar, onde existem atualmente poucas áreas exploratórias. O último leilão de áreas exploratórias onshore, a 14a rodada da ANP, não atraiu interesse para três setores da Bacia Potiguar. 

As áreas que serão ofertadas pela ANP na parte terrestre da Bacia de Sergipe-Alagoas cercam projetos exploratórias da Geopark e também um projeto de produção da PetroSynergy na região. 

O bloco exploratório SEAL-T-268 foi arrematado pela Geopark na 12a rodada da ANP.  

O campo de Sul de Coruripe, com área de desenvolvimento de 1,64 km², está situado na porção emersa da Bacia de Alagoas, no estado homônimo, distando aproximadamente 7 km ao sul da cidade de Coruripe. 

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