O que o FPSO Pioneiro de Libra testará?

O FPSO Pioneiro de Libra começou a produzir ontem na Bacia de Campos
O FPSO Pioneiro de Libra começou a produzir ontem na Bacia de Campos
O FPSO Pioneiro de Libra começou a produzir ontem na Bacia de Campos
O FPSO Pioneiro de Libra começou a produzir ontem na Bacia de Campos

O FPSO Pioneiro de Libra, que entrou em operação ontem (26/11) na primeira área de partilha da produção do país, é a 16a plataforma em operação na Bacia de Santos. Este é o primeiro de cinco sistemas de produção programados até o momento pelo consórcio Petrobras, Shell, Total, CNPC, CNOOC e PPSA para o projeto.

O consórcio tem contrato para afretamento da unidade de produção por 12 anos com a Odebrecht Óleo e Gás (OOG) e a Teekay Offshore. O FPSO será responsável pelo Teste de Longa Duração (TLD) e outros quatro sistema antecipados de produção, que acontecem depois da declaração de comercialidade. O consórcio deve declarar a área comercial ainda em 2017.

O FPSO tem capacidade para produzir até 50 mil barris por dia de petróleo e comprimir 4 milhões de m3 por dia de gás natural. A unidade está instalada em lâmina d’água (distância entre o solo marinho e a superfície) de 2.400 m.

E quais são os objetivos do TLD? 

O principal objetivo do TLD e dos SPAs é a aquisição de dados dinâmicos do reservatório para o desenvolvimento do bloco, permitindo a mitigação das maiores incertezas do projeto, com a antecipação da produção de óleo. Em geral, o conjunto de informações adquiridas nestes empreendimentos consiste em: 

  • Dados dinâmicos dos poços e reservatório (queda de pressão, Índice de Produtividade em longo prazo, evolução dos mecanismos de danos, eficiência de estimulação);
  • Identificação dos limites do reservatório;
  • Transmissibilidade lateral e vertical (essencial para avaliar os mecanismos de recuperação e definir a geometria dos poços);
  • Identificação de falhas selantes e fácies não reservatório; 
  • Identificação de fraturas condutivas e camadas super-K; 
  • Suporte da pressão de aquífero e produção prematura de água; 
  • Variações do fluido no reservatório;
  • Calibração dos modelos de reservatório e fluxo multifásico por ajuste de histórico;
  • Problemas de garantia de escoamento (parafinas, asfaltenos, incrustações e migração de finos) e de eficiência das ações de mitigação (injeção de química);
  • Desempenho da planta de processamento;
  • Teste de novas tecnologias no bloco;
  • Operações de alívio da unidade de produção. 

O consórcio está atualmente licitando o primeiro FPSO definitivo do projeto e a Modec é a única empresa habilitada na concorrência. A ANP concedeu waiver parcial recentemente para o projeto.

O FPSO Pioneiro de Libra é a 16a plataforma de produção de petróleo a entrar em operação na Bacia de Santos desde a descoberta do pré-sal, que faz 10 anos. Até 2021, outros 15 FPSOs estão previstos para entrar em operação na bacia, sendo 13 em áreas operadas pela Petrobras, um no campo de Atlanta, operado pela Queiroz Galvão E&P e outro para a produção da descoberta de Echidna, operada pela Karoon.


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