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em jogo
Em entrevista exclusiva à epbr nessa quarta (3/11), em Glasgow, na Escócia, onde participa da COP26, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que confia que será possível contratar novas usinas nucleares a partir de leilões de energia no curto prazo, com a construção privada de novos projetos..
— “Estimamos, para os próximos 30 anos, uma expansão de até 10 GW em fonte nuclear. Sempre com o setor privado construindo”, afirmou ele.
— O cronograma ainda é incerto, mas o aumento do parque termonuclear brasileiro vai entrar na revisão do Plano Decenal de Energia (PDE) 2031, que deve ser aprovado em fevereiro de 2022.
— “É possível que haja leilões para nuclear a partir de 2023, 2024, 2025…Mas já entra no plano de geração e transmissão”, explicou Albuquerque.
— O ministro ainda mencionou a inclusão de eólicas offshore no próximo PDE. “No próximo plano decenal [PDE 2031], que deverá ser apresentado em fevereiro de 2022, estarão as eólicas offshore, como estará também a geração nuclear”.
— Albuquerque acredita que já será possível incluir a contratação de parques eólicos offshore a partir do próximo ano nos leilões de energia. Embora a regulamentação para a implementação de eólicas offshore ainda não esteja definida e não seja consenso a necessidade de leilões para contratar essa fonte.
— Outro tema da agenda do governo é o hidrogênio. No início de 2022, o MME deve apresentar a Estratégia Nacional do Hidrogênio, desdobramento das diretrizes publicadas este ano.
— Alguns projetos em desenvolvimento nos portos brasileiros miram, inclusive, a oferta de energia eólica offshore com a eletrólise da água para produção de hidrogênio verde.
— “Vamos criar as condições para que esses tipos de empreendimentos possam se realizar com toda a segurança jurídica e regulatória”, disse o ministro.
— Quanto à expansão da geração termelétrica, que vem sendo criticada por ambientalistas, Albuquerque disse que a energia termelétrica é necessária para a segurança energética do país e que sua expansão não significa “sujar” a matriz.
— “Elas [termelétricas] são para ser utilizadas. Isso significa reserva de capacidade. Não são utilizadas 365 dias por ano, 24h por dia. Quando não tem vento, não tem sol, não tem água, tem que usar termelétricas para ter segurança”, defendeu.
— O governo brasileiro anunciou o objetivo de alcançar participação entre 45% e 50% de energias renováveis na matriz energética em 2030. O ministro afirmou nessa quarta (3/11) que o país chegará a 2030 com metade da sua matriz energética limpa.
— Entretanto, a meta anunciada em documentos do Ministério do Meio Ambiente aponta margem para redução de renováveis na matriz.
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COP26 Para uma plateia de quatro pessoas, além de transmissão online, representantes do governo brasileiro apresentaram na COP26 nessa quarta (3/11) resultados do projeto Siderurgia Sustentável, que utiliza carvão verde para reduzir emissões na produção de aço.
— Usando recursos do fundo global para o meio ambiente (GEF), o projeto teve início em 2014 com o objetivo de reduzir emissões no setor de siderurgia no Brasil, já que o aço brasileiro responde por mais de 3% das emissões de carbono do país.
— Abrangendo seis projetos, o Siderurgia Sustentável foi responsável pela redução de emissões de 111.218 toneladas de CO2 por ano, ante uma meta inicial de redução de 21.600 tCO2.
— Além de trazer um tema controverso, já que muitos ambientalistas questionam o uso do termo “carvão limpo”, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) escolheu apresentar um projeto com data para terminar já no fim deste ano, após cinco anos de duração.
- Nova meta de financiamento Os anúncios de metas nacionais e a política oficial na COP26 indicam que a meta de levantar US$ 100 bilhões anuais para ajudar países em desenvolvimento a combater as mudanças climáticas não deve ser atingida este ano.
— Segundo o presidente da COP26, Alok Sharma, análises preliminares mostram que os países desenvolvidos farão um “progresso significativo” em relação à meta de US$ 100 bilhões em 2022, para que seja integralmente atingida no ano seguinte.
— Como diversos países ainda estão anunciando suas contribuições, Sharma acredita que isso permitirá à COP26 lançar as discussões para uma nova meta global que substitua a meta de US$ 100 bilhões a partir de 2025.
— A meta de US$ 100 bilhões anuais foi estabelecida por ocasião do Acordo de Paris, em 2015, e até hoje os países desenvolvidos não conseguiram atingir este volume de recursos, já que cada país decide com quanto vai contribuir.
- Brasil precisa recuperar credibilidade Para atrair financiamento verde, o Brasil precisa recuperar sua credibilidade no mercado internacional, afetada pelo desmantelamento de políticas ambientais.
— A análise foi feita pela advogada Natascha Trennepohl, sócia do escritório Trennepohl Advogados e doutoranda na Humboldt-Universität zu Berlin, na Alemanha, e pelo gerente de Projetos Especiais do Impact Bank, Pedro Tufic, na live Estratégia ESG – De olho na COP26, promovida pela agência epbr e pela Alter Conteúdo.
Bolsonaro volta a atacar Petrobras e ICMS O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar nessa quarta (3/11) a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pela Petrobras para reajustar os combustíveis. Bolsonaro afirmou estar “jogando pesado” sobre o tema, mas novamente disse que não pode fazer nada para impedir a escalada de preços, informa o Valor.
— “A Petrobras se aparelhou com legislação para se autoproteger, o preço por paridade internacional é lei de 2016, se não me engano”, disse Bolsonaro a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada. “Se interferir [na Petrobras], respondo civil e criminalmente”.
— A adoção do PPI, ao contrário do que diz Bolsonaro, não está amparada em lei. Foi implementado pelo então presidente da companhia, Pedro Parente, em 2016, no governo de Michel Temer – que também já foi criticado por Bolsonaro.
— Continuando seus ataques aos governadores, o presidente repetiu ainda que o “grande vilão” dos preços é a cobrança de ICMS pelos estados. Projeto de lei que altera a base de cálculo do imposto foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue em debate no Senado, onde vem encontrando resistências.
— Em paralelo, os governadores decidiram congelar o preço de incidência do ICMS dos combustíveis por 90 dias, de 1º de novembro de 2021 a 31 de janeiro de 2022. A decisão foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
— Em entrevista à Bloomberg TV, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o governo não pretende subsidiar os preços dos combustíveis, mesmo com os reajustes que têm pressionado a inflação e gerado reação popular.
— Uma saída, segundo ele, seria reduzir impostos e criar programas de compensação para amenizar o impacto do aumento dos preços da gasolina e do diesel.
— “Temos que administrar isso usando impostos. Não podemos reduzir o preço das commodities. É impossível. Não queremos subsidiar os combustíveis fósseis.”
STF proíbe caminhoneiros de bloquear estradas Em greve desde segunda (1/11) em protesto contra os preços do óleo diesel, os caminhoneiros sofreram outro revés na tentativa de ampliar a mobilização, que tem baixa adesão. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou sentença do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que autorizava o bloqueio de estradas federais por motoristas grevistas. Com isso, a ocupação e obstrução de rodovias voltam a ficar proibidas, informa a Folha de S. Paulo.
— No sábado (30/10), a Justiça Federal proibiu o bloqueio de estradas em diversos estados, com multas entre R$ 5 mil a R$ 1 milhão para quem descumprisse a ordem. Foram 29 liminares concedidas em favor da União e de concessionárias de estradas com o objetivo de impedir manifestações da paralisação de caminhoneiros.
— Na terça (2/11), a desembargadora federal Ângela Catão derrubou 11 liminares que proibiam a categoria de se manifestar nas vias. Ela atendeu a uma solicitação da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), mas sem considerar o mérito das paralisações.
— A decisão de Catão, porém, foi revogada por Fux, a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).
— Lideranças culparam as decisões judiciais como causa da baixa adesão da categoria.
Energia mais cara tira R$ 22,4 bilhões do PIB, aponta a CNI Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o custo mais alto da energia elétrica resultará em perda de R$ 8,2 bilhões no PIB neste ano a preços de 2020 em comparação com o que ocorreria sem a crise energética. Equivale a uma variação negativa de 0,11%.
— Para 2022, a CNI calcula que o impacto deve ser de R$ 14,2 bilhões a preços de 2020, ou impacto negativo de 0,19%.
— O consumo das famílias verá redução de R$ 7 bilhões neste ano, a preços de 2020, como consequência da pressão dos custos de energia, variação negativa de 0,15%. Para o ano que vem, o efeito será de R$ 12,1 bilhões a preços de 2020, ou queda de 0,26%.
— A entidade prevê perda de 166 mil empregos no final deste ano em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021 em consequência dos impactos diretos e indiretos do aumento de custos. Em 2022, serão afetados 290 mil empregos. Reuters
Inovação em óleo e gás A Schlumberger lançou a primeira edição do Programa de Inovação Aberta SLB Conecta, em parceria com a plataforma de transformação de negócios EloGroup. A companhia anunciou aporte de R$ 2 milhões para o projeto.
— O objetivo do programa é selecionar startups, empresas inovadoras ou institutos de pesquisa capazes de solucionar desafios inerentes à cadeia de óleo e gás, em três categorias: descarbonização, operação remota e gestão de talentos.
— As inscrições vão até 19 de novembro, no site oficial do programa. As startups selecionadas para o pitch day serão informadas até o dia 29 de novembro. Serão apenas quatro semanas entre o deadline de inscrição e o pitch day.
Unigel inaugura unidade em Camaçari A antiga Fábrica de Fertilizantes do Nordeste (Fafen) foi reaberta nessa quarta (3/11), no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (BA).
— Em 2020, a unidade foi adquirida pelo Grupo Unigel e recebeu cerca de R$ 95 milhões em investimentos, gerando 500 empregos diretos e indiretos.
— Além da Fafen Bahia, a empresa também arrendou a unidade da Fafen de Sergipe. Juntas, as duas plantas terão capacidade de produzir 925 mil toneladas de amônia, 1,125 milhão de toneladas de ureia e 320 mil toneladas de sulfato de amônio. G1
Brasil supera a marca de 180 GW instalados Com a entrada em operação comercial de 278,3 MW do complexo fotovoltaico Alex, em Tabuleiro do Norte e Limoeiro do Norte, no Ceará, o Brasil ultrapassou no último sábado (30/10) os 180 gigawatts de potência para geração de energia elétrica, segundo informações da Aneel.
— Outra marca expressiva foi atingida pela energia solar, que superou os 4 GW de potência instalada em usinas de geração centralizada no país. Somados aos 7,3 GW de capacidade instalada de geração distribuída, a fonte solar alcançou 11,3 GW.
— Do total de empreendimentos de geração em operação, 82,73% são movidos por fontes renováveis. São mais de 60% de centrais geradoras hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas e hidrelétricas. Outros 10,98% são provenientes de usinas eólicas.
Estoques dos EUA derrubam petróleo Os futuros de petróleo fecharam em forte baixa nessa quarta (3/11), após a divulgação de estoques semanais acima do esperado nos EUA. Além disso, o mercado segue observando as pressões americanas junto à Opep+, que se reúne hoje (4/11) para decidir sobre o aumento da produção.
— O Brent para janeiro de 2022 caiu 3,22% (US$ 2,73), a US$ 81,99 por barril, enquanto o WTI com entrega prevista para dezembro fechou em queda de 3,63% (US$ 3,05), a US$ 80,86 por barril.
— Os estoques de petróleo nos EUA avançaram 3,29 milhões de barris, a 434,102 milhões de barris, na semana encerrada em 29 de outubro, informou o Departamento de Energia (DoE). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta bem menor, de 1,5 milhão de barris. Estadão
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