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Novonor vende ativos de petróleo na Venezuela

Empresa da família Odebrecht negociou opção de compra de seus campos de óleo e gás com a Maha Energy

Recuperação da indústria petrolífera na Venezuela é improvável no curto prazo, afirmam especialistas do O&G. Na imagem: Funcionários da PDVSA, petroleira estatal da Venezuela, operam equipamento de perfuração; uniformizados, em laranja, com equipamentos e sinalizações de segurança e capacete vermelho (Foto: Divulgação)
Funcionários da PDVSA, petroleira estatal da Venezuela (Foto: Divulgação)

A Novonor, da família Odebrecht, fechou acordo com a Maha Energy para venda de seus ativos de petróleo na Venezuela. A negociação envolve a venda de sua participação na PetroUrdaneta, uma joint venture com a PDVSA, que opera três campos de óleo e gás na Bacia de Maracaibo. 

Os campos operados pela PetroUrdaneta têm reservas in place estimadas em 8 bilhões de barris de petróleo, segundo a Rystad Energy. A consultoria afirma, no entanto, que há uma grande incerteza sobre esses números quando se trata do setor de petróleo venezuelano. A última produção dos campos era de 1.000 barris/dia.

A negociação foi viabilizada pela suspensão das sanções dos EUA à Venezuela nesta semana.

A Maha Energy vai pagar 4,6 milhões de euros (R$ 25 milhões) pela opção de compra, por um período de 9 meses, de 60% da Odebrecht E&P España (OE&P), que detém 40% da PetroUrdaneta. Neste período, a Maha e seus consultores pretendem fazer diligências para confirmar a viabilidade financeira, legal, regulatória e operacional da transação e obter as aprovações necessárias das autoridades venezuelanas. 

A empresa pode pagar mais 4,6 milhões de euros por outros 12 meses de opção, enquanto termina esse processo. Depois desse período, pode ainda adquirir a participação restante, ficando com 100% da OE&P.

“Maha já comunicou anteriormente sua intenção de continuar com fusões e aquisições globais ambiciosas e criadoras de valor – mirando campos maduros de petróleo e gás. PetroUrdaneta possui vastas reservas e um grande número de poços inativos, o que significa oportunidades de aumentos rápidos por meio de pequenas intervenções em poços fechados a custos de investimento baixos”, disse Kjetil Solbraekke, CEO da Maha Energy, em comunicado.