O incremento na oferta de energia em 2022 deve chegar a 7.625,08 megawatts (MW) e superar a expansão do ano passado, de 7.562,08 MW, estima a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em 2021, o país teve o segundo melhor resultado desde 1997 na ampliação da capacidade instalada de geração, diz a agência.
Em janeiro deste ano, 482,21 MW foram adicionados, sendo 344,25 MW de fonte eólica (71% do total do mês) e 137,97 MW de usinas termelétricas.
Seis estados tiveram empreendimentos liberados para operação comercial no primeiro mês de 2022, nas regiões Norte, Nordeste e Sul. Destaque para Rio Grande do Norte (161,50 MW), Bahia (143,50 MW) e Paraná (134,80 MW).
O Brasil inicia 2022 com 181.944,5 MW de potência fiscalizada, de acordo com o Sistema de Informações de Geração da Aneel – o SIGA, que é diariamente atualizado com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção.
Do total em operação, 82,99% das usinas usam fontes consideradas sustentáveis pela baixa emissão de gases de efeito estufa.
Hidrelétricas retraíram e térmicas aumentaram oferta em 2021
No ano passado, a média do consumo de eletricidade no Brasil foi de 64.736 MW, volume 4,1% superior a 2020, aponta a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O aumento seria consequência da recuperação econômica, após a crise — política, econômica e sanitária — de 2020 que acompanhou a pandemia de covid-19, sobretudo no primeiro semestre.
Os dados da CCEE também refletem o impacto do avanço da demanda combinado à crise hídrica que afetou o abastecimento dos reservatórios.
As hidrelétricas entregaram 42.462 MW médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN), uma retração de 8,8% na comparação anual.
Em compensação, o acionamento de termelétricas — cuja geração de energia é mais cara e poluente — rendeu 16.245 MW médios, uma alta de 43,5%.
Eólica e solar também tiveram altas. Os parques eólicos produziram 8.242 MW médios, volume 27,1% maior do que no ano anterior. Já as usinas solares fotovoltaicas geraram 878 MW médios, montante 29,3% superior.
De acordo com a CCEE, houve crescimento anual de 13,6% no fornecimento pelo mercado livre, que abastece indústrias e grandes empresas (shoppings e redes de comércio). O consumo foi de 22.244 MW médios ou 34,5% da demanda total do SIN.