Nova petroleira entra no mercado com aquisição em blocos da EnP

Renata Isfer, que atuou como secretária de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME) entre 2019 e 2020, será sócia do grupo Interalli na criação de uma nova empresa brasileira de exploração e produção batizada de Petres Energia.

A companhia estreia no mercado com um acordo para compra de 50% de participação nos blocos da EnP – Energy Platform, empresa comandada por Márcio Félix que também atuou como secretário-executivo do MME entre 2018 e 2020.

O objetivo da Petres Energia será atuar no “desenvolvimento de projetos de exploração, produção e de infraestrutura em óleo e gás natural”, informou a empresa.

O grupo Interalli, que já atua nas áreas de infraestrutura portuária, incluindo a operação de grãos e líquidos, logística, energia e agronegócio, será sócio majoritário da Petres Energia, enquanto Renata Isfer será sócia, sem funções administrativas.

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“A expectativa da abertura do mercado de gás natural, aliada às melhorias regulatórias na exploração e produção onshore, formam o cenário ideal para novos investimentos no setor de óleo e gás. Estamos criando uma empresa inovadora, com o objetivo de ser líder no setor, sempre atenta à transição energética, à sustentabilidade, com responsabilidade social e diversidade”, afirma Renata Isfer.

“Temos potencial para ser aproveitado e estamos entrando neste cenário de grandes oportunidades, com investimentos em infraestrutura, para contribuir com a segurança energética da população”, explica Fabricio Slaviero Fumegalli, diretor do grupo Interalli.

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Estreia no Espírito Santo

O primeiro projeto da Petres Energia será uma joint venture com a EnP batizada de Energy Paranã,  que por sua vez, pretende comprar 50% da participação da EnP em 10 blocos exploratórios localizados no onshore do Espírito Santo, incluindo áreas do 2º ciclo da oferta permanente.

A conclusão da aquisição depende de aval da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“A Energy Paranã nasce neste momento ainda como pioneira. Será uma parceria de longo prazo e de sinergias, que promete se estender para outros investimentos e oportunidades no território brasileiro, com modelos de negócios inovadores, utilizando o vasto portfólio energético do Brasil”, afirma Márcio Félix.

O executivo cita a recente aprovação da nova Lei do Gás como um marco importante para os investimentos no setor.

“O Brasil é um dos países que tem maior equilíbrio na produção de óleo e gás e com  muito espaço para crescimento seja no que se refere ao óleo com baixo teor de enxofre como na exploração de gás onshore, que é muito mais competitivo do que o gás que vem do mar devido a infraestrutura necessária para exploração”, reforça Márcio Felix.

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