Nubank recebe investimento de fundo americano com propósito social

Nubank recebe investimento de fundo americano com propósito social
Foto: Divulgação

Às vésperas do seu IPO nos Estados Unidos, o Nubank anunciou nesta quinta (27) um aporte, de valor não revelado, do fundo norte-americano Base10 Partners.

O aporte faz parte do Advancement Initiative Fund, um fundo de US$ 250 milhões que relaciona empresas de tecnologia à geração de riquezas de grupos minoritários.

“O Nubank está criando uma nova geração de serviços financeiros na América Latina com impacto real para o futuro de milhões de pessoas da região. Para nós, é motivo de orgulho fazer parte dessa revolução”, disse Adeyemi Ajao, co-fundador do Base10 Partners.

Antirracismo

O investimento do Base10 vem depois do banco firmar compromissos públicos para promoção da diversidade racial, após uma declaração de cunho racista dada por uma das fundadoras da instituição, Cristina Junqueira, ao programa Roda Viva, em outubro do ano passado.

Um dos compromissos prevê um primeiro investimento de R$ 20 milhões em ações de combate ao racismo estrutural no Brasil. O Nubank também espera trazer 2 mil pessoas negras para o quadro de funcionários até 2025.

Somente nesse ano, cerca de 500 pessoas autodeclaradas pretas e pardas foram contratadas, o que representa 50% de todas as contratações até o momento.

Também neste ano, foi lançado o Semente Preta, um fundo de capital semente destinado exclusivamente a investir em startups brasileiras lideradas por pessoas negras.

“Receber o Base10 Partners em nosso grupo de investidores é mais um passo nessa direção e um reconhecimento de nosso compromisso social e econômico”, afirma David Vélez, fundador e CEO do Nubank.

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Mercado latino-americano 

Atualmente, o Nubank está entre as instituições financeiras mais valiosas da América Latina, avaliado em US$ 25 bilhões, atrás do Itaú, Bradesco e Santander Brasil em valor de mercado.

A instituição já conta com mais de 35 milhões de usuários só no Brasil e operações no México e na Colômbia, além de escritórios na Argentina, Alemanha e Estados Unidos.

Em janeiro deste ano, a fintech brasileira já tinha captado, em uma rodada de investimentos, US$ 400 milhões para apoiar seu crescimento no mercado internacional.

A estratégia do banco é ocupar um vazio no mercado latino-americano, onde cerca de 50% da população continua desbancarizada e poucos bancos tradicionais controlam mais de 70% do mercado.

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