Internacional

Nippon Steel, Mitsubishi e ExxonMobil estudam captura de carbono na siderurgia

Empresas vão pesquisar a aplicação do CCS nas siderúrgicas da Nippon, além de avaliar desenvolvimento de infraestrutura nas regiões da Ásia-Pacífico

Nippon Steel, Mitsubishi e ExxonMobil estudam investimentos em captura de carbono (CCS) na siderurgia, na região Ásia-Pacífico. Na imagem: Atmosfera completamente nublada por fumaça poluente resultante de emissões industriais (Foto: Markus Lindner/Pixabay)
Acordo inclui uma análise detalhada das oportunidades de armazenamento na Ásia-Pacífico, inclusive na Malásia, Indonésia e Austrália (Foto: Markus Lindner/Pixabay)

BRASÍLIA — A empresa japonesa de aço Nippon Steel assinou na quarta (25/1) um Memorando de Entendimento (MoU) com a Mitsubishi Corporation e a ExxonMobil para estudar o potencial de uma cadeia de valor para projetos de captura e armazenamento de carbono (CCS, na sigla em inglês) nas regiões da Ásia-Pacífico.

As três empresas vão pesquisar a aplicação do CCS nas siderúrgicas da Nippon, além de avaliar o desenvolvimento da infraestrutura necessária.

O acordo inclui uma análise detalhada das oportunidades de armazenamento na Ásia-Pacífico, inclusive na Malásia, Indonésia e Austrália.

A Mitsubishi Corporation planeja estudar o transporte internacional de CO2 e o desenvolvimento da cadeia de valor CCS. Será o primeiro estudo do tipo no Japão, com objetivo de armazenar o gás de efeito estufa no exterior.

Já a Nippon posicionou o CCS como uma das principais tecnologias do seu plano de neutralidade de carbono até 2050, como forma de gestão de médio e longo prazo das emissões. O projeto anunciado esta semana dá um passo nessa direção.

A companhia japonesa avaliará segurança de locais de armazenamento de CO2 gerado a partir de usinas siderúrgicas, infraestrutura, necessidade de políticas e regulamentação, além de adequação de custo.

CCS na petroquímica

A ExxonMobil também tem apostado na captura e armazenamento de carbono ao redor do mundo. Na Europa, a petroleira se uniu a outras três produtoras de óleo e gás do Mar do Norte em uma cooperação para CCS offshore em larga escala no projeto L10.

As petroleiras planejam compartilhar a infraestrutura existente e ter um projeto pronto até o final do ano para armazenar até cinco milhões de toneladas de gases de efeito estufa em campos na costa holandesa.

Nos Estados Unidos, a Exxon fechou o maior acordo comercial de CCS em outubro passado com a fabricante de produtos de hidrogênio e nitrogênio CF Industries.

O projeto, programado para entrar em operação em 2025, vai capturar e armazenar permanentemente até 2 milhões de toneladas de CO₂ por ano na Luisiana, localizado no Golfo do México, região produtora de petróleo.

Também nos EUA, a petroleira está firmando acordos na Huston CCS Aliance, uma iniciativa de empresas de energia e petroquímica para promover a tecnologia na área industrial de Houston.

Um dos planos da Exxon inclui uma planta de hidrogênio e um dos maiores projetos de captura e armazenamento de carbono do mundo integrado ao seu refino e petroquímica em Baytown, no Texas.