Shell reforça aposta em geração de energia solar em Minas Gerais

Centrale solaire SunPower Total, Prieska

 

Credits: ZYLBERMAN LAURENT - GRAPHIX IMAGES - TOTAL
Centrale solaire SunPower Total, Prieska Credits: ZYLBERMAN LAURENT - GRAPHIX IMAGES - TOTAL

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Diálogos da Transição

apresentada por

Quem faz
Felipe Maciel, Gabriel Chiappini,
Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
[email protected]

Shell reforça aposta em geração de energia solar em Minas Gerais

A Shell registrou dez novos projeto de geração de energia solar fotovoltaica na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As usinas Barnard Solar serão instaladas no município de Várzea da Palma, em Minas Gerais.

Cada projeto tem potência instalada variando de 46 MW até 49 MW. As dez usinas somam 467 MW, registradas como produção independente.

A estratégia consolida Minas Gerais como a aposta da Shell para a produção de energia solar fotovoltaica. Em abril, a empresa já havia registrado a outorga de usinas fotovoltaicas, com 50 MW cada, em Brasilândia de Minas – Aquarii I, II e III.

Vale lembrar: em setembro de 2019, governo de Minas Gerais simplificou o licenciamento ambiental para a geração de energia solar fotovoltaica.

Em agosto do ano passado, a  gerente de Novas Energias da empresa, Gabriela Oliveira, afirmou durante a série Diálogos da Transição que a companhia busca consumidores livres para o desenvolvimento de projetos de energia fotovoltaica no Brasil.

— “Aqui no Brasil a gente está bem focado no segmento de energia solar, até pelo fato da eólica já ter sido bem desenvolvido. O segmento de energia solar está mais iniciante em termos de entrada de novos players”, explicou.

Ontem, em entrevista à Reuters, a executiva antecipou que os projetos podem começar a produzir em três anos.

— “Nos últimos dois anos estávamos focando mais fortemente em desenvolver o portfólio. Agora, vamos começar a retomar as conversas com clientes, já com produtos para oferecer, uma vez que alguns de nossos projetos, principalmente o de Minas Gerais, estão em nível de desenvolvimento bem avançado”.

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CCUS e zerar a queima em flare: as metas de descarbonização da Petrobras

Em dez anos, a Petrobras reduziu a intensidade de carbono em suas operações de E&P em 42%, para 17,3 kg de CO2e/boe – carbono equivalente por barril de óleo equivalente, que inclui gás natural. A meta é reduzir em mais 13% até 2025, para 15 kg CO2e/boe.

No radar da companhia, estão duas estratégias-chave, que ainda demandam investimentos em desenvolvimento tecnológico e capex para saírem do papel: zerar a queima em flare e  injetar CO2 com soluções de captura, utilização e estocagem de carbono (CCUS, na sigla em inglês). As metas:

  •  Crescimento zero das emissões absolutas até 2025, em relação a 2015 – não exceder 78 milhões de toneladas de CO2e em nenhum ano até 2025, “exceto se houver pressão acentuada por geração de eletricidade a partir das térmicas devido a eventos nacionais de estresse hídrico”.
  • Zero queima em flare até 2030. A Petrobras faz parte da iniciativa Zero Routine Flaring, lançada pelo Banco Mundial e que conta com participação das maiores petroleiras do mundo. A queima em flare é uma solução antiga da indústria para lidar com o fluxo de gases unidades de produção e refinarias.
  • Reinjetar 40 milhões de toneladas de CO2 até 2025, em projetos de CCUS. Tanto a Petrobras quanto outras operadoras no Brasil estudam soluções integradas com a gestão de reservatórios – como as cavernas de sal.
  • Redução de 30% a 50% na intensidade de emissões do metano no E&P – caso das emissões fugitivas, que não ocorrem por queima de hidrocarbonetos e demandam mudanças nas plantas de processo.
  • Redução em 16% da intensidade no refino até 2025, atingindo 36kg CO2e por Complexity Weighted Tonne – métrica utilizada para fazer a equivalência de diferentes unidades com a destilação, para permitir a comparação.

Dados do Relatório de Sustentabilidade (.pdf) de 2019, publicado nesta quarta (10).

Curtas

“Acreditamos na agilidade de baixo para cima, em vez de ordens de cima para baixo. Algumas pessoas argumentam o contrário e eu entendo isso. Elas insistem que os governos sabe o que é melhor e devem favorecer algumas empresas por meio de subsídios, enquanto penalizam outras”…

…Assim, o Secretario de Energia dos EUA, Dan Brouillette, rejeitou quaisquer possibilidades de políticas públicas federais de incentivo às fontes renováveis, durante conversa com Fatih Birol, ao vivo, no canal da IEA. Defende que a transição ocorrerá pela força exclusiva do mercado.

A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) enviou à Presidência da República um documento em que demonstra preocupação com a política ambiental do governo federal – “tratar o meio ambiente de forma negligente ou ideológica pode castigar o Brasil com barreiras para investimentos institucionais globais”, diz a associação. epbr

O governo federal pretende leiloar, em agosto e setembro, nove contratos de Parceria Público-Privada (PPP) em iluminação pública. Os projetos foram apresentados nesta terça (9) num roadshow do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP), da Caixa. Valor

Um avião “verde”, a hidrogênio, sem emissões de dióxido de carbono é a nova aposta da França para transição do mercado de combustíveis – e pode decolar em 2035, segundo o anúncio feito pelo governo. Jornal de Negócios

Os resultados do 73º Leilão de Biodiesel da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bateram recorde. O L73, para abastecimento entre julho e agosto, negociou 1,189 bilhão de litros de biodiesel para as distribuidoras, ao preço médio de R$ 0,336 por litro. epbr

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