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A Petrobras iniciou a venda de blocos exploratórios em terra na Bacia do Paraná arrematados entre 2013 e 2017, nas 12ª e 14ª rodadas da ANP. São áreas localizadas em São Paulo (2 blocos) e Mato Grosso do Sul (1 bloco), com potencial para descobertas de reservas de gás natural. Veja o teaser (.pdf)
— A exploração da Bacia do Paraná movimentou o mercado brasileiro em 2012, na 12ª rodada, exclusivamente com ativos em terra. A expectativa era a abertura de uma fronteira nacional de produção de gás natural, incluindo reservatórios não convencionais – a bacia possui formações de shale (folhelho).
— O processo enfrentou a resistência de ambientalistas, tribunais e governos locais, preocupados com os impactos do fraturamento hidráulico no meio ambiente e a competição pelo uso da água, especialmente com a agricultura.
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Impasse na OPEP+ agita mercado. Uma ação inesperada dos Emirados Árabes Unidos na reunião da OPEP+ nessa quinta (1º/7) levou a um impasse nas negociações, deixando investidores inseguros sobre qual será a trajetória da oferta de óleo até o fim do ano.
— Enquanto se esperava uma disputa entre sauditas e russos em torno da ampliação da cota do grupo até o fim do ano, os Emirados Árabes Unidos decidiram bloquear o acordo em busca de um aumento da sua cota individual. Líderes voltam a se reunir nesta sexta (2/7). Bloomberg (em inglês)
— A ação leva a negociação para uma direção inesperada. Os países-membros do cartel se beneficiariam do relaxamento das cotas individuais em um momento em que os preços do óleo são mantidos consistentemente acima dos US$ 70.
— No limite, colocaria o acordo de produção em risco, em um cenário em que não há gargalo de oferta e a produção poderia subir rapidamente.
— A proposta inicial também surpreendeu o mercado. Seria um aumento gradual de até 400 mil barris/dia por mês até o fim do ano, menor do que as expectativas de analistas, que falavam em pelo menos 500 mil barris diários.
— A incerteza se refletiu nos preços. O Brent no mercado futuro disparou para US$ 76,74, alta de quase 3% no dia e renovando a máxima em mais de dois anos. Fechou com valorização de apenas 1,6%, a US$ 75,84, e opera em queda nesta sexta. Reuters
— A demanda futura se equilibra entre o avanço da vacinação e o aumento da circulação de pessoas, puxada pelo verão no hemisfério norte, e casos de covid-19 provocados por variantes mais resistentes à imunidade desenvolvida pela vacinação.
— Em uma semana, o número de pessoas contaminadas no mundo (OMS) saltou do patamar de 300 mil para 400 mil por dia (média móvel de sete dias).
— Vale a leitura: Reunião da OPEP+ discutirá 2 cenários distintos para o mercado de petróleo.
O gabinete da crise energética definiu regras de funcionamento na sua primeira reunião nesta quinta (1º/7). Foi a instalação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), criada pela MP 1055.
— “No encontro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) realizou apresentação que destacou os baixos níveis de armazenamento das usinas hidrelétricas, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste”, informou o MME. Nenhuma medida adicional foi anunciada.
A consultoria TR Soluções calcula que a MP da Eletrobras vai provocar uma redução de tarifas no curto prazo de 2,94%, em média, entre 2022 (ano da privatização) e 2027. Depois a conta inverte, e o custo da energia sobe até atingir 7,31% em 2030.
— É o que foi aprovado: as receitas da MP (novas outorgas, renda de Itaipu) são destinadas ao controle do aumento de custos, especialmente para consumidores cativos. Depois, entram as despesas relacionadas à extensão do Proinfa e às contratações dos 8 GW térmicos a gás natural.
A bandeira vermelha patamar 2, a mais alta possível, deve permanecer até o fim do período seco, em novembro, calcula a MegaWhat Consultoria.
— Quanto isso vai custar ainda é incerto. A Aneel aprovou aumento da cobrança extra em 52%, menos do indicavam os técnicos da agência. Mas abriu uma nova consulta pública para um reajuste que pode levar a um aumento total de 84%.
Diretoria da ANP. O Senado Federal definiu o calendário de votações e sabatinas de autoridades indicadas pelo governo e pode, enfim, deliberar sobre a nomeação de Tabita Loureiro para o cargo de diretora da ANP. Votação pode ocorrer entre quarta e quinta (7 e 8/7).
— Tabita está há 14 anos na ANP. Foi indicada pelo governo federal e aprovada pela Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado em 2020 para assumir a vaga deixada pelo fim do mandato de Felipe Kury.
— Como o Senado não se reúne regularmente em sessões presenciais, em decorrência da covid-19, e não se chegou a uma solução para garantir o sigilo das votações de forma remota, as indicações de autoridades dependem dos “esforços concentrados”.
Com o avanço da vacinação, a expectativa é de retomada dos trabalhos em comissões no Congresso Nacional no segundo semestre. Ajudaria na tramitação de pautas setoriais, como a reforma no modelo de partilha de produção ou a discussão sobre a regulação das eólicas offshore, ambas paradas no Senado Federal.
A Petro+ comprou o Polo Alagoas, da Petrobras, e além dos ativos de produção, pode assumir a operação da UPGN localizada no estado, com capacidade para processar 2 milhões de m³ por dia de gás natural.
— Aos poucos, a venda de ativos da Petrobras inclui a transferência do controle da infraestrutura essencial para o gás, um importante gargalo no mercado brasileiro. Unidades de processamento foram incluídas na oferta de ativos no Solimões e no Rio Grande do Norte, por exemplo.
— Em Alagoas, a Petro+ pretende investir US$ 300 milhões na compra de seis campos em terra e de Paru, em águas rasas. Produção média de 2 mil barris/dia e 600 mil m³/dia de gás natural, além de mil barris/dia de condensado (líquido de gás natural).
— Atualmente, a Petro+ opera nove concessões nas bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo e Tucano Sul. O acionista controlador é o fundo de investimento PSS Energy Fund, gerido pela Prisma Capital.
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